O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de outubro ficou em 0,10%, representando a menor taxa para o mês desde 1998. Naquele mês, a inflação foi de 0,02%. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (7).
Em outubro do ano passado, o resultado tinha sido de 0,45%. No entanto, em setembro deste ano, o IPCA reportou uma deflação 0,04%. No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador relevou que a inflação, em média, foi de 2,54%.
Três dos nove grupos estudados apresentaram uma deflação em suas taxas. Foram eles Habitação (-0,61%), Artigos de Residência (-0,09%) e Comunicação (-0,01%).
Entre as taxas positivas, destacam-se:
- Vestuário (0,63%)
- Saúde e cuidados pessoais (0,40%)
- Transportes (0,45%)
- Alimentação e bebidas (0,05%)
- Educação (0,03%)
- Despesas pessoais (0,20%)
A variação dos grupos que apresentaram alta nas taxas no mês de outubro deram-se especialmente por conta de alguns agrupamentos. No grupo Alimentação e bebidas, por exemplo, as categorias alimentação fora de casa (0,19%) e refeição (0,24%) colaboraram com a alta. Já a categoria de Transportes, foi influenciada especialmente por combustíveis (1,38%) e passagens aéreas (1,93%).
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A variação positiva do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,40%) foi impulsionada pelo agrupamento plano de saúde (0,59%) e higiene pessoal (1,65%).
Inflação do INPC
Já no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a leitura de 0,04% no mês de outubro representa o menor resultado para o mês desde a implementação do Plano Real.
Dentre as cidades que representam o maior peso regional para o INPC, São Paulo (30,67%) apresentou uma alta de 0,08% nos preços no mês de outubro. O Rio de Janeiro, segundo estado com maior peso regional, com 12,06%, reportou a segunda maior alta no IPCA de outubro, com 0,29% em média.
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Belo Horizonte (10,86%) passou de uma variação negativa de 0,18% em setembro para uma inflação de 0,17% em outubro. Já em Porto Alegre apresentou uma leva variação negativa de 0,01%, frente -0,04% em setembro.
A meta de inflação do Banco Central (BC) para este ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância fica entre 2,75% a 5,75%.