Inflação: presidente do BC comenta IPCA de março, que ficou em 0,75%

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que a autoridade de política monetária está atenta à alta da inflação no mês de março, e disse: “Não vamos nos arriscar com isso”. As falas foram ditas em evento com investidores em Nova York. As informações são do jornal “O Globo”.

“Basicamente foi transporte e alimentação, mas mesmo assim […] Nossa principal tarefa é manter a inflação sob controle”, informou o presidente do BC.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma alta de 0,75% em março. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado para o mês ficou acima da média da projeção dos especialistas.

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Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorreu entre 19 e 20 de março, o BC havia estimado que a inflação aceleraria no curto prazo. E que o índice, no acumulado de 12 meses, poderia atingir pico entre abril e maio.

No acumulado de 12 meses até março, o IPCA registrou alta de 4,58%, contra alta de 3,89% de fevereiro.

Saiba mais – IBGE: IPCA registra alta de 0,75% em março 

Campos Neto também declarou que o BC está atento aos fatores que influenciam a inflação, especialmente os choques ocorridos em 2018. Dentre os quais, citou:

  • greve dos caminhoneiros;
  • incerteza eleitoral;
  • normalização das taxas básicas de juros nos países desenvolvidos e a consequente saída de capital de mercados emergentes, como a Argentina e a Turquia.

O chefe do BC admitiu que “a recuperação não é o que gostaríamos”. E destacou que o crescimento sustentável depende de três fatores:

  • a aprovação da reforma da Previdência;
  • o controle de gastos com funcionalismo;
  • e a realização de outras reformas para aumentar a produtividade.

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Boletim Focus

A previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2019 oscilou levemente para cima, saindo de 3,89% a 3,90%.

O Boletim Focus é elaborado semanalmente pelo Banco Central, com base nas previsões dos analistas de mais de 100 instituições financeiras.

Esse resultado continua abaixo da meta de inflação fixada para pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, de 4,25%. A meta tem uma tolerância de 1,5 ponto percentual, podendo ir de 2,75% até 5,75%.

Amanda Gushiken

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