A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) ficou em 0,65% em março, superior aos 0,35% apontados em fevereiro. Os dados foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (1).
A alta entre o segundo e o terceiro mês do ano, aconteceu por conta do setor de transporte, que teve uma inflação de 1,22% em março, depois de uma deflação de 0,01% em fevereiro.
Além disso, os gastos com alimentação também contribuíram com o aumento do IPC-S entre fevereiro e março. A inflação passou de 0,94% para 1,1% no período.
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Outros setores em alta foram o de vestuário, que passou de -0,13% em fevereiro para 0,5% em março. O de educação, leitura e recreação saiu da deflação de 0,65% em fevereiro para uma alta de 0,02% em março. Já o grupo de comunicação passou de 0% para 0,19% no período.
Em contrapartida, três grupo tiveram queda na taxa entre fevereiro e março. São eles:
- Habitação – passou de 0,44% para 0,36%;
- Saúde e cuidados pessoais – passou de 0,5% para 0,37%;
- Despesas diversas – passou de 0,1% para -0,04%.
IPCA segundo o Boletim Focus
Por sua vez, a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2019 permaneceu estável em 3,89%.
Esse resultado continua abaixo da meta de inflação fixada para pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, de 4,25%. A meta tem uma tolerância de 1,5 ponto percentual, podendo ir de 2,75% até 5,75%.
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Para 2020, a previsão do mercado financeiro para o IPCA continua em 4%. Um resultado alinhado com a meta fixada pelo BC, também de 4%.
O IPCA é o indicador oficial da inflação no Brasil, e é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mensalmente. Há ainda o IPCA-15, a prévia mensal do indicador.