O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial do Brasil, ficou em 0,57% em abril, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10). O índice foi impulsionada pelo preço dos remédios.
Dessa forma, o IPCA acumulou uma alta de 2,09% no ano. Além disso, durante os últimos 12 meses, a inflação oficial acumula alta de 4,94%, ficando acima do centro da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é 4,25%.
No entanto, segue dentro do intervalo de tolerância que é de 2,75% a 5,75%.
Inflação por grupos
O grupo de Saúde e cuidados pessoais foi o principal influenciador do IPCA durante abril. De acordo com o IBGE, foi o grupo que marcou inflação no mês, 1,51%.
Dentro da categoria, os destaques foram os itens de higiene pessoal com alta de +2,76% e os planos de saúde com crescimento de +0,80%
De acordo com o gerente da Pesquisa, Fernando Gonçalves, a alta da inflação no setor se deve ao “aumento anual dos medicamentos, que ocorre no final de março”.
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A segunda maior variação do IPCA ficou com o grupo de Transporte, 0,94%. O setor foi impulsionado pela alta do preço da gasolina, que ficou 2,66% mais cara.
Além disso, o levantamento feito aponta a alta dos valores das passagens aéreas, 5,32%, e dos ônibus urbanos, 0,74%, em alguns estados, como influenciadores da inflação.
O grupo de alimentos e bebidas teve sua inflação freada entre março e abril, passando de 1,37% para 0,63%. A queda dos preços do feijão-carioca, -9,09%, e das frutas, -0,71%, foram os principais itens que seguraram o setor.
Nem mesmo a alta de 28,64% no valor tomate, reverteu a queda dos itens.
Expectativas do mercado
A expectativa do mercado é de que no acumulado do ano o IPCA chegue a 4,04%, de acordo com a última previsão do Boletim Focus, divulgada pelo Banco Central na segunda-feira (6).
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No entanto, a estimativa da inflação foi diminuída em 0,03% no relatório. Para 2020, a expectativa de alta de 4% ainda foi mantida.