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Inflação no EUA: índice PCE sobe 0,3% em outubro; núcleo avança 0,2%

EUA EUA: Fed mantém a taxa de juros em 5,25% a 5,50% ao ano, como sinalizou Powell

Bandeira dos Estados Unidos. Foto: Unsplash.

Nos Estados Unidos (EUA), o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) subiu 0,3% em outubro em relação ao mês anterior. Segundo dados publicados nesta quinta-feira (1) pelo Departamento do Comércio, o núcleo do PCE, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, avançou 0,2% no mesmo período.

O valor está abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que esperavam alta de 0,3%. Na comparação anual, o PCE subiu 6,0% em outubro e seu núcleo aumentou 5,0%.

A pesquisa também mostrou que a renda pessoal nos EUA cresceu 0,7% em outubro ante setembro, superando o consenso dos analistas, de aumento de 0,4%.

Já os gastos das famílias nos EUA com consumo subiram 0,8% no mesmo intervalo, em linha com as expectativas do mercado. Os dados de setembro para renda pessoal e gastos com consumo não sofreram revisões.

Estados Unidos vão entrar em recessão?

Na avaliação de Carlos Vaz, CEO e fundador da Conti Capital, não será logo que os preços irão desacelerar. Inclusive, segundo ele, isso apenas deverá acontecer em meados de 2023, mantendo a continuidade no ano seguinte, quando haverá um “alívio” em relação à inflação nos EUA.

“Até lá, acredito que a política monetária adotada pelo Federal Reserve levará a economia dos EUA a desacelerar e o desemprego aumentar, gradativamente, sem que isso seja, necessariamente, considerado uma recessão de fato. Isso porque, na minha visão, o que determina os ciclos recessivos do país vai além das definições clássicas e é preciso considerar uma série de indicadores”, diz Vaz.

Ainda de acordo com o fundador da Conti Capital, o mercado de trabalho ainda está pressionando o banco central americano em relação às decisões sobre a taxa de juros. Com isso, apesar da inflação, o consumo das famílias segue osculando.

“Na minha visão, os EUA até poderão entrar em recessão. Mas não será uma fase crítica e deverá ser atravessada sem grandes prejuízos, justamente em razão da força e resiliência do mercado de trabalho americano, e ao consumo da população — que ainda deve se manter firme por mais um tempo”.

Com informações do Estadão Conteúdo

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