A inflação dos Estados Unidos avançou 0,9% em junho ante maio, de acordo com dados divulgados pelo Departamento do Comércio na manhã desta terça-feira (13).
O resultado do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), como é denominada a inflação norte-americana, veio bem acima da mediana das previsões de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,5%.
O núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, também avançou 0,9% na comparação mensal de junho, superando de longe a mediana das projeções, de acréscimo de 0,5%.
Na comparação anual, o CPI dos EUA saltou 5,4% em junho, registrando seu maior avanço desde agosto de 2008. Já o núcleo teve ganho anual de 4,5%, o maior desde novembro de 1991.
Também neste caso, as projeções eram de altas menores, de 5% do indicador cheio e de 4% apenas do núcleo.
O Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, busca meta de inflação de 2%.
“Nos últimos meses, a inflação americana disparou, gerando temores de que o Fed aumente o aperto monetário”, lembro a XP em relatório. Para as autoridades monetárias estadunidenses, contudo, a pressão inflacionária mostra-se passageira.
“Nossa expectativa é que número deve permanecer em patamar elevado em 2021 devido ao efeito base de 2020, encerrando 2021 em 3,5% e recuando para 1,8% em 2022”, comenta a corretora.
Fed projeta alta da inflação, mas espera que seja transitória
Os integrantes do Fed revisaram para cima suas projeções para inflação no curto prazo, mas ainda espera que o aumento seja decorrente de fatores transitórios. A informação consta na ata da mais recente reunião de política monetária da entidade, de 15 e 16 de junho, divulgada na última quarta (7).
No mês passado, o Fed elevou de 2,4% para 3,4% sua projeção para a inflação medida pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE). A expectativa do banco central americano é que as pressões sobre o PCE desacelerem gradualmente.
“O crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) foi projetado para aumentar substancialmente este ano, com um declínio igualmente rápido na taxa de desemprego”, informa a ata.
A equipe da autoridade monetária central continua vendo elevada incerteza na perspectiva econômica, mesmo com o aumento da vacinação e apoio por parte das políticas, o que deve sustentar a ideia de continuidade dos estímulos, mesmo em meio à inflação.
Com informações do Estadão Conteúdo.
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