Inflação no Reino Unido sobe para 10,1%, maior nível em 40 anos
A inflação do Reino Unido subiu para uma taxa anualizada de 10,1%, o maior nível desde 1982. Os dados do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) foram divulgados na manhã desta quarta-feira (19).
Assim, o a inflação do Reino Unido fica acima das projeções dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que estimavam avanço de 10%.
Além disso, o CPI mostra um novo avanço em relação à taxa anualizada anterior, referente ao mês de agosto, que mostrava inflação de 9,9%.
No confronto mensal, o CPI subiu 0,5% em setembro ante agosto, em ritmo mais acentuado que o aumento de 0,4% projetado no mercado. Em agosto, a expansão havia sido de 0,3%.
Já o núcleo do CPI se elevou 6,5% na comparação anual do mês passado, ante consenso de 6,4%. Em relação a agosto, o núcleo do CPI aumentou 0,6% em setembro.
Segundo dados da ONS, a escalada dos preços de alimentos respondeu pela maior parte do avanço da inflação no período.
Em meio à inflação BoE adia plano de venda de Gilts
O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) confirmou na terça (18) que adiará o início das vendas de Gilts, os bônus britânicos, para o dia 1º de novembro. A decisão se dá em vista do anúncio a ser feito pelo ministro das Finanças, Jeremy Hunt, programado para 31 de outubro.
Em comunicado, o BoE diz esperar conduzir operações de vendas de Gilts dos programas de compras no quarto trimestre do ano em tamanho e frequência similares aos previamente anunciados.
Qualquer déficit resultante do adiamento em relação ao seu plano de vendas anterior será incorporado às vendas nos trimestres subsequentes.
As datas e os tamanhos dos leilões individuais serão confirmados em aviso ao mercado, que o banco espera publicar às 18h de Londres (14h de Brasília) do dia 20 de outubro.
Primeira-ministra segue com plano de subir impostos
A primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, disse ser necessário reassegurar os mercados do compromisso fiscal de seu governo. “Assim sendo, decidi manter o aumento no imposto corporativo planejado pelo governo anterior”, afirmou, em coletiva à imprensa nesta sexta-feira.
A proposta do ex-ministro do Reino Unido Rishi Sunak prevê que o imposto suba de 19% para 25.
“A maneira como estamos entregando nossa missão agora precisa mudar”, disse a premiê, que garantiu ter como prioridade a estabilidade econômica e alto crescimento no país.
Liz Truss afirmou que agirá em nome do interesse nacional.
“O que fiz hoje foi para garantir que tenhamos estabilidade econômica no país”, disse.
A premiê nomeou Jeremy Hunt como novo ministro das Finanças, após a saída de Kwasi Kwarteng em meio à alta da inflação no país europeu.
Com informações do Estadão Conteúdo