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Inflação na Europa sobe conforme o esperado, mas Reino Unido tem surpresas

Para dar suporte à recuperação econômica, Lagarde disse que será necessário manter as condições financeiras "favoráveis" na zona do euro, algo que deve ser garantido pela revisão da estratégia de política monetária do BCE com base nos dados de inflação - Foto: Reprodução/World Economic Forum

Para dar suporte à recuperação econômica, Lagarde disse que será necessário manter as condições financeiras "favoráveis" na zona do euro, algo que deve ser garantido pela revisão da estratégia de política monetária do BCE com base nos dados de inflação - Foto: Reprodução/World Economic Forum

Sendo o principal indicador de inflação, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Zona do Euro teve uma alta de 0,8% no mês de outubro, na comparação com setembro, informou nesta quarta-feira a Eurostat, agência oficial de estatísticas do bloco. Na comparação anual, houve alta de 4,1%, na leitura final do dado.

Os números vieram em linha com a previsão dos economistas consultados pelo Wall Street Journal e com o consenso do mercado.

O núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu 0,3% na comparação mensal e 2,0% na anual, segundo a Eurostat.

O resultado mensal neste caso também veio em linha com o esperado, mas a expectativa para a leitura anual era de avanço um pouco maior, de 2,1%.

Juntamente com o indicador, a Europa divulgou seus dados da Produção do Setor de Construção Civil, que teve alta de 0,93% no mês de setembro.

Inflação no Reino Unido supera expectativas

O CPI o Reino Unido avançou 1,1% em outubro ante o mês anterior, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês).

Analistas consultados pelo Wall Street Journal previam alta menor, de 0,9%. Na comparação anual, o CPI subiu 4,2% em outubro, ante expectativa de avanço de 4,0%.

O núcleo do CPI subiu 0,7% no mês e 3,4% na comparação anual em outubro.

Os números também superaram as previsões de altas de 0,5% e 3,2%, respectivamente.

PIB da zona do euro sobe 2,2% no 3T21

Já o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 2,2% no terceiro trimestre, na comparação com o anterior. Ante igual período de 2020, houve avanço de 3,7% segundo a agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. Os números vieram em linha com a expectativa dos analistas.

No segundo trimestre, houve alta de 2,1% no PIB frente ao trimestre anterior, conforme revisão publicada nesta terça.

O relatório da Eurostat informa ainda que, no terceiro trimestre, houve alta de 0,9% no emprego na zona do euro, ante o trimestre anterior.

Na comparação anual, o emprego avançou 2,0%.

Lagarde, do BCE, vê ‘cenário transitório’

A presidente do Banco Central Europeu, o BCE, Christine Lagarde, afirmou que o “cenário de base” indica que as pressões de alta nos preços são transitórias e que a inflação da zona do euro deve permanecer abaixo da meta de 2% da autoridade monetário.

Deste modo, o BCE não vai considerar elevar os juros na região.

Entre os fatores que provocam esta pressão temporária, Lagarde citou o “forte aumento dos preços do petróleo desde meados do ano passado, a reversão da redução temporária do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) na Alemanha e pressões de custo decorrentes de escassez temporária de materiais e equipamentos”.

Este último item, caso se estenda, pode fazer com que a inflação fique elevada por mais tempo que o esperado, de acordo com a dirigente, que ainda ponderou que o BCE vê “sinais limitados” no momento de que isso possa ocorrer.

Com informações do Estadão Conteúdo

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