Inflação na Argentina: Macri tenta amenizar com congelamento de preços
O governo tenta conter a inflação na Argentina com uma série de medidas anunciadas nesta quarta-feira (17). A principal decisão é o congelamento de preços no país, cuja previsão é de duração de seis meses.
A decisão de conter a inflação na Argentina ocorre após a divulgação da alta de março, divulgada na véspera. Apenas no mês passado, o crescimento médio dos preços no país foi de 4,7%.
Confira abaixo o crescimento da inflação em 12 meses, segundo o Instituto Nacional de Estadística y Censos (INDEC):
- 12 meses até março: 47,6%.
- 12 meses de 2018: 54,8%.
Medidas para conter inflação na Argentina
“As medidas principais que estamos lançando são fruto de um acordo com empresas líderes para manter, por ao menos seis meses, os preços de 60 produtos essenciais e o não aumento de tarifas de serviços públicos para este ano”, informou a gestão do presidente Maurício Macri, por meio de um comunicado.
Segundo a “AFP”, dentre os produtos que terão os preços congelados por seis meses estão:
- óleos;
- arroz;
- farinha;
- macarrão;
- leite;
- iogurte;
- e açúcar.
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Quanto às tarifas de serviços públicos, o governo concordou que não haverá novos aumentos em 2019, e que pode assumir até a diferença com algumas altas já autorizadas às empresas. Dentre os serviços estão:
- energia elétrica;
- gás;
- transporte público;
- e telefonia celular.
As taxas cobradas pelas empresas receberam importantes subsídios por anos. Contudo, em um passado mais recente tiveram alta significativa.
Crise
No ano passado, o governo de Macri solicitou ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI). Com o órgão, a Argentina obteve linha de crédito de US% 56 bilhões.
O peso argentino avança nesta quarta-feira. Às 14h, a alta era 1,19%, sendo vendido a R$ 0,0935, em resposta à decisão da gestão presidencial. Contudo, o mercado de ações e os títulos caíam, e o risco país subia.
Até alguns meses atrás, Macri tinha a reeleição garantida, segundo analistas. Contudo, sua imagem sofreu o impacto da crise que ocorreu em sua gestão. Nas pesquisas mais recentes, quem lidera a intenção do voto popular é a a ex-presidenta de centro-esquerda, Cristina Kirchner.
Macri disse que buscará se reeleger nas eleições de outubro, apesar da crise de seu governo e o alto índice de inflação na Argentina.
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