O mercado internacional opera em queda nesta segunda-feira (4) com a possível retomada da guerra comercial entre as duas maiores potências econômicas. Os índices futuros de Nova York e as bolsas europeias abriram em baixa, assim como se encerrou o mercado asiático.
Por volta das 6h40, os índices norte-americanos apresentavam desvalorização em seus indicadores. O futuro Dow Jones e o S&P 500 caíam por volta de 1,5%. Por sua vez, a Nasdaq operava a – 0,63%.
Na última sexta-feira (1), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o acordo comercial com a China é de importância secundária diante da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Além disso, o mandatário norte-americano ameaçou impor novas tarifas a Pequim. As taxas, segundo analistas da agência de notícias “Reuters”, são o reflexo da frustração com o país asiático sobre a pandemia, o que custou dezenas de milhares de vidas norte-americanas e uma retração na economia.
Na Europa, os índices das bolsas operam forte em queda. O Reino Unido caía 0,18% e França registrava queda de 3,85%. Na Itália a bolsa desvalorizava 2,84% e Alemanha caía 3,14%.
O mercado europeu monitora a tensão geopolítica das duas maiores economias que pode resultar em uma maior retração econômica global.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, salientando as tensões, afirmou no último domingo (3) que o governo tem a certeza de que o novo vírus foi criado artificialmente.
“Posso dizer que há uma quantidade significativa de provas de que isso veio de um laboratório em Wuhan”, disse o secretário à emissora norte-americana ABC News.
Dessa forma, Pompeo contrariou as informações de inteligência dos EUA que havia afirmado que a covid-19 é natural e não foi desenvolvida pela biotecnologia.
As bolsas asiáticas também fecharam as negociações em queda. A bolsa da China não abriu devido ao feriado nacional, assim também foi no Japão. Na Coreia do Sul a bolsa terminou o dia em queda de 2,68%. A bolsa de Hong Kong desacelerou para 4,18%.
O Petróleo WTI caía a 7,58%, sendo negociado a US$ 18,28 o barril. Por sua vez, o Petróleo Brent registrava queda de 2,91%, a US$ 25,67 o barril.
O medo do avanço da pandemia que assola o mundo preocupa os investidores, que procuram ativos livres de risco ou menos arriscados, como os títulos públicos norte-americanos e o dólar. A moeda estadunidense apresenta forte valorização frente às moedas emergentes, o que se reflete nos índices futuros mundiais.