O indicador que mede a tendência de emprego demonstrou piora no mês de maio. De acordo com Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), o índice registrou recuo de 6,7 pontos de abril a maio deste ano. Com a queda o indicador registrou 85,8 pontos.
Conforme a Fundação Getulio Vargas (FGV) esse é o menor patamar da tendência de emprego desde junho de 2016, quando atingiu 82,2 pontos. O índice calcula tendo como base as entrevistas com empresários da indústria e dos serviços com os consumidores. A escala é de zero a 200 pontos.
“A quarta queda seguida do IAEmp registrada em maio reforça o cenário de calibragem das expectativas sobre a evolução do mercado de trabalho em 2019, fruto de um desapontamento com o ritmo de recuperação da atividade econômica e dos elevados níveis de incerteza. Enquanto esse quadro persistir é difícil imaginar uma recuperação consistente do IAEmp”, disse o economista da FGV, Rodolpho Tobler.
ICD
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) que mede a percepção dos consumidores sobre a situação do mercado subiu 0,9 ponto. Alçando 95,7 pontos, essa é a maior pontuação desde dezembro de 2018.
O ICD possui uma escala de zero a 200 pontos, quanto maior a pontuação, pior o resultado. O objetivo é captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.
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Os principais itens que demonstraram queda no IAEmp foram:
- Emprego Local Futuro dos Consumidores, -13,4 pontos;
- Tendência de Negócios do setor de Serviço, -9,1 pontos;
Já os que demonstraram aumento no ICD foram:
- as classes de renda familiar que recebem até R$ 2.100 mensais;
- as classes de renda familiar que recebem acima de R$9.600.
Conforme o economista esses resultados, que refletem na tendências dos emprego, demonstram a lentidão da recuperação do mercado de trabalho. “O ICD voltou a ficar acima dos 95 pontos em maio de 2019. Apesar de ainda estar abaixo do nível do período eleitoral, o terceiro resultado negativo e o patamar elevado confirmam a percepção de lentidão na recuperação do mercado de trabalho“, disse Tobler.