Índia bloqueia exportação de vacinas contra covid-19 e Brasil deve ser afetado

A Índia anunciou nesta quinta-feira (25) que as exportações de vacinas contra covid-19 estão banidas por tempo indeterminado com o fim de priorizar as vacinações locais. A decisão se dá em meio a uma aceleração dos novos casos no país, que sugerem uma secunda onda de infecções da covid-19.

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O Instituto Serum, o maior fabricante de vacinas do mundo e principal fornecedor de imunizantes para o consórcio internacional Covax – do qual o Brasil faz parte -, anunciou que foi instruído a suspender as exportações pelos próximos dois ou três meses por autoridades do país asiático.

O braço das Nações Unidas para a aliança internacional pela vacina alertou, imediatamente, que o controle das exportações pelo governo indiano impactará diretamente a agenda de distribuição da Covax, grupo construído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para chegar a uma distribuição igualitária das vacinas no mundo.

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Brasil contratou vacinas de Oxford e também da Bharat Biotec

O Brasil iria receber, até o final de março, mais 1,9 milhões de doses pela iniciativa. Até maio, seriam mais 9,1 milhões de doses.

Além disso, o país pode também ser impactado por fora da Covax – uma vez que a principal aquisição de antígenos do Governo Federal, até agora, é das vacinas de Oxford, que são produzidas no Instituto Serum. Entre março e abril, o esperado é que o Brasil recebesse cerca de oito milhões de doses vindas da Índia.

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O Instituto Serum é contratado para produzir 550 milhões de doses da vacina de Oxford e 550 milhões da Novavax apenas entre 2021 e 2022. Mais de 80% dessa produção já estão vendidas em contratos, que agora ficam com seus cumprimentos em cheque.

A Bharat Biotec, companhia indiana que produz a Covaxin, também contratada pelo Governo Federal e que deveria enviar ao Brasil cerca de 20 milhões de doses até maio,  ainda não comentou o caso.

A Índia exportou, até agora, cerca de 60 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, mais doses do que aplicou em seu próprio povo.

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Vitor Azevedo

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