O Índice Nacional de Custo da Construção-M (INCC-M), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e chamado de inflação da construção civil, subiu 1,24% em julho deste ano. A informação foi revelada na manhã desta terça-feira (27).
O resultado perfaz um percentual inferior ao apurado no mês anterior (2,30%). A inflação da construção civil acumula 10,75% no ano e 17,35% em 12 meses.
De junho para julho, houve quedas nas taxas de inflação dos materiais, serviços e mão de obra. Os materiais e equipamentos passaram de 1,75% para 1,52%. Os serviços recuaram de 1,19% para 0,65%
Já o índice da mão de obra passou de 2,98% em junho para 1,12% em julho.
Índice de confiança atinge maior nível desde 2014
Segundo dados da FGV, o Índice de Confiança da construção, o ICST, subiu 3,3 pontos em julho, chegando aos 95,7 pontos. É o maior nível do indicador do setor desde os 96,3 pontos de março de 2014. Em médias móveis trimestrais, o ICST avançou 3,6 pontos, a segunda alta seguida.
O resultado positivo do mês passado foi puxado pela melhora das perspectivas dos empresários para os próximos meses. O Índice de Expectativas da Construção (IE-CST) subiu 6,8 pontos na série com ajuste sazonal, para 102,2 pontos, o maior nível desde os 104,2 pontos de janeiro de 2020.
“A sondagem de julho aponta o crescimento da atividade e uma percepção bastante favorável em relação à evolução da demanda nos próximos meses. Ou seja, volta a prevalecer um cenário levemente otimista”, diz, em nota, a coordenadora de Projetos da Construção da FGV, Ana Maria Castelo.
Construção civil deve fechar o ano com crescimento de 4%
Por mais que a economia ainda sofra os impactos gerados pela pandemia da Covid-19, como a escassez e aumento nos custos do aço, a expectativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) para o crescimento da construção civil em 2021 subiu de 2,5% para 4%.
A projeção é do estudo Desempenho Econômico da Indústria da Construção do 2º Trimestre de 2021, realizado pela CBIC e divulgado na última segunda-feira (26).
Na visão da câmara, a demanda consistente por imóvel, as baixas taxas de juros e o incremento do crédito imobiliário vão continuar ao final de 2021 e em 2022, fortalecendo o setor de construção civil.
(Com informações da Agência Brasil)