Inadimplência no ensino superior brasileiro sobe 29,9% no 1º semestre

O sindicato que representa mantenedoras de estabelecimentos de ensino superior no Brasil, Semesp, divulgou nesta segunda-feira (19) um estudo no qual aponta que a taxa de inadimplência no ensino superior privado do País registrou um aumento de 29,9% no primeiro semestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com as informações reportadas pela entidade, o número de alunos de graduação com mensalidades em atraso chegou a 11% nos primeiros seis meses deste ano. Não obstante a inadimplência ser maior em cursos de educação a distância (EaD), os pagamentos em atraso nos cursos presenciais registraram uma alta superior no intervalo, de cerca de 33,1%.

De acordo com dados da 4ª edição da Pesquisa sobre o Cenário Econômico Atual das Instituições de Ensino Privadas, a taxa de inadimplência nas instituições de grande porte, que possuem número de alunos superior a 7 mil, ficou em 11,8%.

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Já nos estabelecimentos de pequeno ou médio porte, com até 7 mil alunos, o percentual caiu para 10,6% no mesmo período.

O levantamento foi feito com base em uma amostra de 53 instituições de educação superior do Brasil e não possui caráter definitivo.

Inadimplência é consequência direta da pandemia

Segundo o Semesp, o crescimento da inadimplência entre os cursos de graduação do País é resultado dos efeitos provocados pela pandemia no cenário político-econômico brasileiro, que incluem

  • o aumento do desemprego;
  • a diminuição da renda dos trabalhadores;
  • a redução do acesso ao crédito estudantil
  • as incertezas em torno do retorno das aulas presenciais.

“O ingresso de novos alunos no segundo semestre, que representa aproximadamente 30% dos ingressantes no ano, também foi frustrante e ficou muito abaixo dos últimos anos, agravando ainda mais a situação”, observou o sindicato.

A expectativa do segmento de educação superior é de que, com o início de uma retomada econômica, seja possível o retorno às aulas presenciais e o represamento de novos estudantes que não se matricularam em 2020 possam trazer um impacto positivo em 2021, como a diminuição da inadimplência.

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Arthur Guimarães

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