Cair na malha fina do Imposto de Renda é um dos grandes temores de quem faz a declaração, dada a possibilidade de o contribuinte ter dor de cabeça por esse motivo.
Caso venha a cair na malha fina do Imposto de Renda, o contribuinte pagará multa e, a depender do caso, pode ser indiciado por crime tributário.
Assim, preencher a declaração do Imposto de Renda 2023 com cautela e fornecer todas as informações solicitadas são necessários para evitar que isso ocorra – exigindo que o contribuinte redobre a atenção para não deixar nenhum documento de fora.
Segundo especialistas, o primeiro passo, em especial para os que começaram a ter renda tributável recentemente, é compreender se irá ou não declarar o IRPF.
“Muitas vezes, o investidor acaba caindo na malha fina simplesmente por não saber que precisa declarar o imposto. Às vezes, é pura ingenuidade. Outras vezes, na hora de declarar, o investidor acaba se esquecendo ou deixando passar alguma informação que a Receita Federal tem acesso por outros meios. E aí, o resultado é a dor de cabeça da malha fina”, afirma o contador Luis Fernando Cabral, sócio da Contador do Trader.
De modo geral, todos que tiveram rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 no acumulado de 2022 devem declarar o IRPF.
Além disso, eventuais erros na hora de declarar o Imposto de Renda podem fazer com que o contribuinte caia na malha fina.
Especialistas da IOB, uma smart tech de legislação e gestão contábil, destacam que há seis problemas relativamente comuns nesse sentido:
- Ausência de Informações sobre dependentes
- Erros de digitação
- Despesas médicas sem comprovantes
- Ausência de todas as Fontes Pagadoras e Rendimentos
- Ausência de Informações sobre bens financiados
- Incompatibilidade entre patrimônio e renda
No caso dos dependentes, é importante que quem tenha filhos não esqueça de incluí-los na declaração, ainda que em caso de pais separados. Além disso, é importante que o dependente fique sob o guarda-chuva de uma só declaração.
No caso das fontes pagadoras e rendimentos, é importante revisar todas as fontes de renda e informar pró-labore, salários, alugueis pagos ou recebidos.
Em se tratando dos bens financiados, é importante inserir somente o valor já pago bem, como um carro ou apartamento, além de verificar a modalidade do financiamento.
Malha fina do Imposto de Renda para Investidores
Em se tratando do imposto de renda para investidores, Cabral destaca que é importante ficar atento a todas as corretoras e operações, a depender do tipo de investimento ou especulação que foi feito.
“Cada investidor opera com uma corretora. Na hora de sincronizar os dados, alguns acabam ficando para trás e isso pode dar problema. É preciso ficar atento a informações como taxas de corretagem, emolumentos, operações com opções flexíveis, contratos de balcão, entre outras”, comenta.
“A Receita Federal tem acesso a todas as nossas informações por diversas fontes – por isso, é possível que o órgão saiba de coisas que o investidor tenha se esquecido”, acrescenta.
O especialista completa destacando que é importante não querer “agilizar o processo” e revisar bem os dados para evitar deixar passar alguma operação que possa fazê-lo cair na malha fina do Imposto de Renda.
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