De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (24) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o lançamento de novos imóveis recuou 60,9% no segundo trimestre de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado.
Na mesma base de comparação, as vendas tiveram queda de 23,5%. Em comparação ao primeiro trimestre deste ano, os lançamentos caíram 20,4%, já as vendas recuaram 16,6%.
Entre abril e junho deste ano, o total de unidades residenciais lançadas foi de 16.659. No trimestre anterior, foram 20.937. No último trimestre do ano passado, o número totalizou 63.365.
As regiões Norte e Nordeste foram as que tiveram quedas mais acentuadas. No Norte, os lançamentos recuram 73,3%, enquanto no Nordeste caiu 70%, na comparação com o segundo trimestre do ano passado. No Sudeste, a queda foi de 68,3%. Já nas regiões Centro-Oeste e sul, as quedas foram de 37,1% e 36,5%, respectivamente.
Por outro lado, as vendas cresceram no Sul e no Nordeste: 5% e 0,1%, respectivamente. Na região Norte, foi registrada uma queda de 0,5% nas vendas. No Centro Oeste, a queda foi de 22,9%, e no Sudeste houve um recuo de 39,3%.
Registro de imóveis aumenta 43% de maio para julho de 2020, diz CNB
O Colégio Notarial do Brasil (CNB), entidade de representação dos cartórios em nível nacional, informou, na última quinta-feira (20), que os registros de compra e venda de imóveis no Brasil tiveram um crescimento de 43% de maio para julho deste ano. De acordo com o CNB, esse aumento está ligado a possibilidade de realizar a transferência via internet.
A Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) autorizou a realização remota de escrituras públicas e procurações de imóveis via videoconferência, através da plataforma e-Notoriado. A concessão começou a valer em junho deste ano, resultando na movimentação do mercado de imóveis.
“Assim, uma série de serviços antes feitos de forma exclusivamente presencial passaram a ser feitos remotamente e assinados eletronicamente”, destacou o CNB. As escrituras de compra e venda de imóveis passaram de 63.248 em maio para 90.314 em julho, apresentando registros de aumento em todos os estados brasileiros.