Imóveis: inflação para aluguel cresce 12,58% em 12 meses

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou nessa terça-feira (18) a segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que cresceu 2,34% entre 11 e 20 de agosto desse ano, ante ao mesmo período do mês passado, quando ficava em 2,02%. Já a taxa no período de 12 meses cresceu de 9,05%, para 12,58%. O indicador é especialmente presente no setor de imóveis, já que é utilizado como um importante indexador de contratos de aluguel e de compra e venda.

Além do importante indicador para o setor de imóveis, a fundação também divulgou que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) cresceu 3,15% no segundo decêndio desse mês. No segundo decêndio de julho, o índice ficou em 2,72%.

Os preços dos Bens Finais, na análise os estágios de processamento, tiveram um avanço, uma vez que ficaram em 0,96% em agosto, contra 0,54% em julho. Segundo a FGV, o resultado foi impactado pelo subgrupo alimentos in natura , cuja taxa passou de um recuo de 13,89%, para um decréscimo de 5,02%.

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O índice sobre Bens Intermediários, por sua vez, anotou um crescimento de 2,67% no segundo decêndio de agosto, contra 1,99% no mesmo período no mês anterior. O resultado foi puxado pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura, com a taxa indo de 1,03% para 2,27%.

Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ficou em 0,41% entre os dias 11 e 20 de agoto desse ano, puxado pelo grupo Educação, Leitura e Recreação, cuja taxa passou de 0,54% para um decréscimo de 0,73%.

Os grupos que anotaram um recuo na comparação entre o segundo decêndio de julho e o segundo decêndio de agosto foram:

  • Transportes, passando de 1,47% para 0,92%;
  • Vestuário, passando de -0,39% para -0,50%;
  • Comunicação, passando de 0,41% para 0,38%.

Por outro lado, os grupos cujas taxas cresceram, na mesma comparação, foram:

  • Alimentação, passando de 0,01%, para 0,50%;
  • Despesas diversas, passando de 0,18%, para 0,43%;
  • Saúde e Cuidados Pessoais, passando de 0,43% para 0,54%;
  • Habitação, passando de 0,39% para 0,47%.

INCC protege valores dos financiamentos de imóveis

Já o Índice Nacional de Custos de Construção (INCC) registrou um avanço de 0,96% no segundo decêndio de agosto, visto que no mesmo período em julho ficou em 0,64%. Os três grupos que compõem esse indicador cresceram nessa comparação.

Vale lembrar que um dos benefícios desse índice é, sobretudo, a proteção dos valores dos financiamentos de imóveis na planta contra a inflação dos preços dos insumos, no período de construção do imóvel.

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Laura Moutinho

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