Ilan Goldfajn acredita que não haverá mudança na política cambial do país
Em pronunciamento nesta quarta-feira (28) o atual presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, comentou sobre o a política cambial que será implementada no governo de Jair Bolsonaro e sobre o período de transição.
Ilan Goldfajn defendeu que não devem haver mudanças na política cambial executada no país. Goldfajn ainda afirmou que está é uma política institucional, não governamental.
“É uma política da instituição. E vai continuar sendo da instituição. Não prevejo nenhuma mudança, nada. Acho que o BC vai continuar tendo o papel que tem hoje. A ideia nessa transição que estamos oferecendo, ficando até março, permite dar essa segurança ao mercado nessas intervenções, na política cambial. Não é uma política de um presidente [do BC] ou de outro. É uma política da instituição e vai continuar sendo”, comentou o presidente do BC.
A política implementada pela instituição é teoricamente “flutuante”. Sendo que o formato mais utilizado nos últimos anos é a oferta de contratos de “swap cambial”, ferramenta que serve como uma venda de dólares no mercado futuro.
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Goldfajn também salientou que a política cambial estruturada tem efeito, pois serve como uma forma de “defesa” do mercado financeiro e das empresas em relação a variação cambial.
Transição
Paulo Guedes, futuro ministro da Fazenda, anunciou Roberto Campos Neto para sucessão de Goldfajn na presidência do BC no último dia 16.
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Agora Campos Neto terá que passar por uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado. Onde aprovarão ou não a escolha de seu nome.
Goldfajn comentou sobre o período de transição no Banco Central.
“Estou imaginando a sabatina [do nome indicado para o BC] ocorrendo ao longo de fevereiro, e provavelmente essa transição [no comando do BC] ocorre até março. Estamos aqui. Em relação encontrar com o indicado, encontramos. Muito preliminar. Poucos encontros. A sabatina é só em fevereiro. Nada muito definitivo. A diretoria, acho que a ideia é essa transição ocorrer, a diretoria permanecer. Não temos muita insegurança em relação a isso”, comentou Ilan Goldfajn.