O Iguatemi (IGTI11) divulgou nesta quarta-feira (13) que as vendas totais do primeiro trimestre de 2022 (1T22) totalizaram R$ 3,3 bilhões. No total, houve um aumento de 14,8% em relação ao mesmo período de 2019, considerado um recorde no período. O resultado, portanto, supera níveis pré-pandemia.
Os números individuais de vendas de janeiro, fevereiro e março foram de 6%, 15% e 23,3% acima do mesmo período de 2019. Ou seja, os resultados gradualmente evoluíram e mostram uma perspectiva otimista para a recuperação pós pandemia.
O Iguatemi ressaltou que os dois primeiros meses de 2022 ainda sofreram impacto pela variante Ômicron do Covid-19, enquanto março foi marcado pelo fim da obrigatoriedade do uso de máscaras.
Mesmo com as vendas acima da base de comparação pré pandemia, a taxa de ocupação e o fluxo de veículos ainda continuam abaixo da média de igual período.
Em vendas de mesmas lojas (SSS, em inglês), o Iguatemi registrou uma alta de 14,6% sobre o 1T19, com a única exceção individual em março, com o mesmo valor de 2022: 23%.
Outros destaques da comparação sobre o período pré-pandemia foram as áreas de moda, calçados, artigos de couro (+31,6%) e artigos diversos, saúde & beleza e joalherias (+20,5%). Mas o SSS apontou retração em artigos para o lar, livraria e papelaria e info (-11,2%) e serviços, entretenimento e outros (-11,6%).
Mais: os SSS dos lojistas âncora e outros lojistas cresceram +5,5% e +16,8%, respectivamente, em relação a 2019.
Já sobre o primeiro trimestre de 2021, o SSS consolidado cresceu 70,8%. Por categorias, os destaques ficam com os segmentos de moda, calçados, artigos de couro (+96,4%), alimentação (+88%), artigos para o lar, livraria e papelaria (+44,1%), artigos diversos, saúde % beleza e joalherias (+52%) e serviços e entretenimento (+36%).
XP vê espaço para Iguatemi crescer em 2022
Em relatório divulgado pela XP Investimentos, os resultados do Iguatemi são vistos positivamente. Na opinião dos analistas, apesar da taxa média de ocupação e fluxo de veículos do 1º trimestre de 2022 ainda estarem abaixo do nível pré-pandemia, “deixam espaço para crescimento futuro”.
Além disso, o relatório aponta que vê um upside interessante para as ações por causa da reabertura, que está acelerando rapidamente e além do esperado para o Iguatemi, “impulsionada pelo posicionamento da empresa no segmento de alto padrão e pela resiliência do desempenho do portfólio em relação à indústria”, afirma o texto.
“A Iguatemi apresentou sólida prévia de vendas no 1T22, com o recorde de vendas do primeiro trimestre atingindo R$ 3,3 bilhões (+14,8% vs. 1T19). Março de 2022 foi o principal destaque, com vendas aumentando 23,3% em relação a março de 2019, puxadas pelo alívio de restrições e maior exposição no segmento de alto padrão, que vemos como mais resiliente na recuperação pós-pandemia”, diz o analista da XP, Ygor Altero, que assinou o texto.
A XP reitera a recomendação de compra das ações do Iguatemi, ao preço alvo de R$ 28,00/ação.