Iguatemi (IGTI11) é a ação “queridinha” do BTG Pactual no setor de shoppings; veja os motivos

O BTG Pactual (BPAC11) divulgou um novo relatório sobre o setor de shoppings, colocando Iguatemi (IGTI11) como a “Top Pick” dentre as ações do setor.

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Conforme destaca o banco, a Iguatemi está negociando a 10 vezes o P/FFO para 2024E. Apesar de colocar a empresa como a “queridinha” no setor, o BTG também recomenda a compra de Allos (ALOS3) e de Multiplan (MULT3).

A expectativa dos especialistas é de que a tendência de os fundos imobiliários levantarem mais capital e adquirirem uma quantidade maior de shoppings deve continuar, o que pode beneficiar os operadores de shoppings listados.

Para o banco, esses operadores “deverão ser capazes de reciclar portfólios (vendendo ativos menos premium) com um valuation gerador de valor, melhorando suas teses de investimento”.

Por essa razão, o BTG permanece com uma “visão positiva” sobre os shoppings brasileiros, com dados operacionais mais sólidos, incluindo os de vendas de lojistas, ocupação e outros indicadores, mesmo desconsiderando nesse cenário base as M&As.

Fundos imobiliários arrecadam mais recursos e “remodelam” a indústria de shoppings, diz BTG

A percepção de que os FIIs continuarão arrecadando recursos e comprando shoppings é atribuída, primeiramente, à popularidade crescente dos fundos imobiliários diante de seus benefícios fiscais. Além disso, a queda dos juros pode ser positiva para os FIIs conseguirem levantar esse capital.

“Com os FIIs crescendo e se tornando um novo (relevante) player, o setor de shoppings também está sendo ‘remodelado’ e os operadores listados de shopping centers estão adaptando suas estratégias de alocação de capital a esse ‘recém-chegado’ do setor”, diz o relatório do BTG.

Com uma captação maior dos fundos imobiliários, as aquisições e fusões nos shoppings se tornaram mais “intensas”, tendo 22 negócios no intervalo de 1 ano, dos quais 18 tiveram os FIIs como compradores.

Para os analistas, as companhias listadas acabaram se beneficiando desta tendência, a partir da venda de ativos não essenciais e das “participações minoritárias em shoppings dominantes com múltiplos atrativos”. No caso das M&As, o cap rate médio foi de 8,5%, enquanto o cap rate implícito está entre 11% e 13% para as companhias listadas, indicando que as empresas realizaram a venda de ativos “menos dominantes”, mas com um valuation acima dos valores de seus papéis.

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João Vitor Jacintho

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