A Iguatemi (IGTI11) divulgou nesta quarta-feira (13) a prévia operacional do segundo trimestre de 2022, apontando um aumento de 30,2% contra o mesmo período de 2019, um ano antes do início da pandemia, alcançando R$ 4,3 bilhões.
De acordo com apresentação da companhia, os oito shoppings administrados pelo grupo cresceram, juntos, 30% em comparação aos meses de abril a junho de 2019, período pré-pandemia. Isso impulsionou as vendas, que atingiram recorde para o período.
Em relação ao indicador de vendas mesmas lojas (SSS), a Iguatemi afirmou alta de 31% também na base de comparação do segundo trimestre de 2019.
“Na performance por segmento, tivemos Moda, Calçados, Artigos de Couro registrando um crescimento de 51,2% e Artigos Diversos, Saúde & Beleza, Joalherias crescendo 31,4%, respectivamente, versus o mesmo período de 2019”, diz a apresentação.
A Iguatemi afirmou que a retomada das vendas, atrelada às economias no condomínio, continua trazendo espaço para retirada dos descontos.
Assim, não houve impacto em indicadores como custo de ocupação e inadimplência líquida, que ficaram abaixo do 2T19 mesmo com crescimento no 2T22 de 56,2% no SSR (aluguéis mesmas lojas) e de 42,1% no SAR (aluguéis mesmas áreas).
Em junho, o crescimento foi de 59,1% no SSR e 42,5% no SAR contra igual período de 2019.
Por fim, a Iguatemi ressaltou que a recuperação das vendas e esforços de contenção dos custos de condomínio levaram ao retorno aos custos de ocupação históricos, “o que nos possibilitou não só aumentar a cobrança dos aluguéis atuais, como também receber aluguéis passados, refletindo uma inadimplência negativa de 2,3% no trimestre, conforme abaixo.”
Iguatemi reverte lucro e apura prejuízo de R$ 16,4 mi no 1T22
A rede de shoppings Iguatemi (IGTA3) apurou prejuízo líquido de R$ 16,4 milhões no primeiro trimestre de 2022, o que representa uma reversão frente ao lucro de R$ 39,8 milhões no mesmo período de 2021.
O impacto foi causado pela queda nas ações da Infracommerce (IFCM3), empresa de serviços para o comércio eletrônico na qual a Iguatemi tem uma participação de 11,2%. Neste ano, as ações dessa empresa recuaram cerca de 65%.
O investimento da Iguatemi é feito via fundo, com marcação a mercado periodicamente. O impacto negativo não teve efeito no caixa da operadora de shoppings. Excluindo a Infracommerce, a Iguatemi teria reportado lucro líquido de R$ 40,9 milhões.
Os outros indicadores apresentaram melhoras, principalmente pela volta do movimento nos shoppings, com recuperação da vendas dos lojistas e da cobrança dos aluguéis dos pontos comerciais pela Iguatemi.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 147,8 milhões, aumento de 53,7% na mesma base de comparação anual. A margem Ebitda subiu 8,2 pontos porcentuais, para 64,7%.
O FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) foi de R$ 22,3 milhões, queda de 71%. Já a receita líquida foi a R$ 228,3 milhões, crescimento de 34,3%.
A dívida bruta chegou ao fim do primeiro trimestre de 2022 em R$ 3,250 bilhões, 1,5% abaixo do quarto trimestre de 2021. A companhia tinha em caixa R$ 1,752 bilhão, queda de 4,8% nesse mesmo período. Com isso, a dívida líquida ficou em R$ 1,453 bilhão, com alavancagem (relação entre dívida e Ebitda) de 2,43 vezes, ante 2,57 vezes no período imediatamente anterior.
Cotação
As units da Iguatemi fecharam a quarta (13) em queda de 1,94%, a R$ 18,71. No acumulado do ano, teve ganhos de 9,93%.