O Goldman Sachs cortou o preço-alvo do Iguatemi (IGTI11) após atualização de modelo de investimentos, indo de R$ 29 para R$ 28 por unit da empresa. O novo preço tem potencial de valorização de 37% em relação ao fechamento da última sexta-feira (23). Porém, os analistas mantêm a recomendação de compra.
A atualização foi feita para incorporar os R$ 720 milhões captados na oferta de follow-on da Iguatemi, que totalizou em 36,5 milhões de units. A oferta de papéis dilui o lucro distribuído aos acionistas em 14%, mas é compensada por aumento de caixa e redução das taxas livres de risco (12,5% a 12%).
“Nossas estimativas estão relativamente inalteradas, embora nossa equipe macro espere inflação mais baixa em relação à nossa atualização anterior para 2023 (5,3% ante 5,9% anteriormente)”, aponta o relatório divulgado nesta terça-feira (27).
Os analistas do banco de investimentos destacam que a revisão do valor não leva em consideração a compra da participação de 36% restante do shopping JK Iguatemi, uma vez que o fim da operação está previsto apenas para o quarto trimestre de 2022.
Segundo o relatório do Goldman Sachs, com base nos comentários da administração, o modelo presume que os recursos do follow-on serão usados para pagar dívidas.
A nova estimativa é de que a relação da dívida líquida com Ebitda da Iguatemi chegue a 0,9 vez para 2023, contra 2 vezes anteriormente.
Além disso, o banco de investimentos acredita que a exposição a ativos de alta renda pode aumentar o crescimento real dos aluguéis. Os analistas reforçam que, tirando o JK Iguatemi, o portfólio da Iguatemi está previsto para crescer até 25% ou mais em 2023 e 2024.
Consequentemente, o banco projeta que o fluxo de caixa das operações por diluição de ações pode variar de 5,9% a 1,5% em 2023, e de 1% a 2,8% em 2024.
Cotação da Iguatemi
As units da Iguatemi tiveram queda de 0,70%, cotadas a R$ 19,93, no fechamento da Bolsa de Valores, a B3, nesta terça-feira (27).