Iguatemi (IGTI11) compra fatia remanescente do shopping JK (SP); empresa anuncia follow-on

O Iguatemi (IGTI11/IGTI3) anunciou hoje a compra de fatia remanescente do shopping JK Iguatemi, em São Paulo, por R$ 667 milhões. A rede de shoppings centers divulgou também que vai realizar um follow-on (oferta subsequente de ações) para levantar uma quantia entre R$ 500 a R$ 800 milhões, segundo informações do site Pipeline, confirmadas agora há pouco em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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O Iguatemi  comunicou, em fato relevante, a compra de 36% restantes do JK Iguatemi, shopping center de alta renda em São Paulo, no bairro da Vila Olímpia, zona sul da capital.

A empresa aprovou a assinatura do “contrato de compra e venda de quotas para aquisição de 36% de participação no JK Iguatemi, por meio da aquisição de 100% das quotas da Adeoti Empreendimentos Imobiliários pela Mutuall Soluções Financeiras, que tem 100% de suas ações indiretamente detidas pela Iguatemi”.

O preço de aquisição foi de de R$ 667 milhões.

“O fechamento da transação está condicionado ao cumprimento de determinadas condições precedentes usuais em operações desta natureza, incluindo a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)”, diz o documento.

“A aquisição da participação remanescente no Shopping JK Iguatemi aumentará a exposição da Companhia a um ativo já existente de alta performance, com 34,358 m² de ABL (área bruta locável) e localizado em uma região com alta densidade populacional e alta renda per capita. O NOI do JK Iguatemi no 1° semestre de 2022 foi de R$ 68 milhões (comparativamente, no mesmo período em 2019, o NOI do JK Iguatemi representou 46% do NOI total do ano)”, acrescenta.

Inaugurado em 2012, o Shopping JK Iguatemi tem, como informa o Iguatemi:

  • “o 4º maior aluguel mensal por m² do Brasil, e 2º colocado no nosso portfólio”;
  • “Crescimento de aluguel de 30.5% no ano de 2021 versus 2019, e 65% de crescimento no 2T22 em comparação ao 2T19, o que o posicionou como o maior crescimento entre o top 5 do ranking de shoppings com maiores aluguéis por m².

Conclui o Iguatemi: “Dentre seus principais destaques do JK, temos a alta concentração da renda domiciliar da classe A+, a alta densidade demográfica (+35 mil habitantes por km²), população flutuante de mais de 35 mil habitantes e alta concentração residencial e comercial na área de influência.”

Follow-on

O Iguatemi também informou hoje que fará um follow-on. O recurso levantado com a oferta de ações o Iguatemi será utilizado para financiar uma aquisição em andamento pela companhia, segundo fontes.

Quem coordena a oferta é o BTG Pactual (BPAC11), com o Itaú BBA, Santander (SANB11), Credit Suisse e Bradesco BBI.

“A oferta será composta, inicialmente, por 24.716.000 Units, compreendendo 24.716.000 Ações Ordinárias e 49.432.000 Ações Preferenciais, observado o procedimento da Oferta Prioritária e respeitado o Limite de Subscrição Proporcional”, diz o Iguatemi.

A ação do Iguatemi fechou esta sexta-feira em alta de 0,42%, cotada a R$ 2,40, mas acumula queda de quase 14% nos últimos 30 dias.

O setor de shoppings centers, caso do Iguatemi, se recupera no pós-pandemia das perdas nos períodos de lockdowns. Em 2021, o Iguatemi passou por uma reestruturação e foi incorporado em 100% pela Jereissati Participações.

Desde então, o Iguatemi vem prospectando aquisições, segundo o Pipeline.

Um possível acordo com ativos da Brookfield, gestora canadense, estava sendo articulado, envolvendo a aquisição de uma fatia maior no Pátio Higienópolis. O acordo acabou não avançando

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Iguatemi tem perspectiva positiva; banco eleva preço-alvo

As units da Iguatemi ganharam o preço-alvo de R$ 30 para 2023 na avaliação do Santander (SANB11).

Os analistas da casa calcularam a nova expectativa para as ações com base nos resultados da Iguatemi no segundo trimestre de 2022 e reiteraram a recomendação de compra para os papéis da companhia.

Para Fanny Oreg e o time de analistas do Santander que assinam o relatório, a análise de crescimento da Iguatemi tem três premissas, sendo elas:

  • Uma perspectiva operacional positiva, dada a forte venda de lojistas e demanda por área bruta locável;
  • Resiliência de vendas dos lojistas em ambientes macroeconômicos e desafiadores, com exposição aos segmentos de maior renda;
  • Avaliação atrativa em base absoluta e relativa das ações.

Os analistas da casa calcularam a nova expectativa para as ações com base nos resultados da Iguatemi no segundo trimestre de 2022 e reiteraram a recomendação de compra para os papéis.

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Ana Clara Macedo

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