Em relatório após a divulgação dos resultados do quarto trimestre da Iguatemi (IGTI11), no último dia 20 de fevereiro, analistas do Goldman Sachs (GSGI34) pontuaram que estão otimistas em relação às ações da companhia. Os estrategistas recomendaram ‘compra’.
Segundo o Goldman, as estimativas de receita líquida da Iguatemi estão diminuindo 1% para o intervalo 2024-2026, considerando a amortização de aluguéis lineares nos custos principais.
“Mas nossas estimativas de Ebitda permanecem relativamente inalteradas devido a uma melhoraa nos custos de divisão de varejo digital, que atingiu o ponto de equilíbrio pela primeira vez no 4T23”, pontuou o analista Jorel Guilloty.
“As margens Ebitda da Iguatemi tiveram um aumento significativo no último ano, uma tendência que esperamos que continue”, completa.
No geral, o Goldman está otimista em relação às ações de Iguatemi, que atualmente são negociadas com alguns dos spreads mais altos em sua cobertura do setor de shoppings.
O Goldman tem recomendação de compra para as ações do Iguatemi, com preço-alvo a R$ 31,00. Nesta quinta (29), os papéis da empresa fecharam em queda de 0,93%, cotados a R$ 23,52.
Iguatemi (IGTI11) tem lucro líquido ajustado de R$ 134,6 milhões no 4º trimestre de 2023, alta de 9,5%
A Iguatemi teve lucro líquido ajustado de R$ 134,6 milhões no quatro trimestre de 2023, alta de 9,5% ante o mesmo período de 2022. No acumulado do ano, o lucro líquido ajustado totalizou R$ 388,4 milhões, crescimento de 47,3% em relação ao ano anterior.
O resultado da Iguatemi reflete o aumento das receitas de locação de espaços para lojistas nos shoppings e das receitas de estacionamento da Iguatemi. Ao longo do ano, a Iguatemi atraiu lojistas e diminuiu a área vaga dentro dos shoppings. Também houve reajustes dos aluguéis.
A companhia ainda concluiu a venda de fração do terreno ao lado do Shopping Iguatemi Campinas, o que resultou em R$ 24,9 milhões de ganho para o balanço.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 263,9 milhões no quarto trimestre, crescimento de 29,4%. A margem Ebitda ajustada ficou em 79,8%, alta de 10 pontos porcentuais.
O FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) ajustado chegou a R$ 177,9 milhões no quarto trimestre, avanço de 9,2%. A margem FFO foi a 53,8%, baixa de 2 pontos porcentuais.
Os dados no critério ajustado excluem o efeito da linearização dos aluguéis, a participação da companhia na Infracommerce e o resultado do swap de ações.
A receita líquida ajustada da Iguatemi totalizou R$ 330 milhões no trimestre, alta de 8,7%. A receita de shoppings (aluguéis e estacionamento) aumentou 9,8%, para R$ 335,1 milhões, enquanto a receita de varejo (lojas físicas e marketplace) tiveram alta de 2%, para R$ 46,9 milhões.
Os custos e despesas consolidados caíram 19% no quarto trimestre, para R$ 98 milhões, devido, principalmente, ao enxugamento do quadro de funcionários do Iguatemi 365, que terceirizou a parte de TI para a Infracommerce.
A alavancagem da Iguatemi (dívida líquida ante o Ebitda ajustado) encerrou o quarto trimestre em 1,91 vez.
*Com informações de Estadão Conteúdo