Iguatemi (IGTA3): vendas em shoppings cresceram 5% em julho, comparadas a julho de 2019
A administradora de shopping centers Iguatemi (IGTA3) informou nesta quarta-feira (11) que os dados prévios de julho apontam para um avanço de 5% nas vendas do mês em relação ao mesmo período de 2019.
A base de comparação de 2019 tem sido uma escolha comum de varejistas e empresas ligadas ao setor, como a Iguatemi. Elas alegam que os valores de 2020 são muito inferiores à média devido às restrições para conter a pandemia do coronavírus.
Nesse sentido, os resultados financeiros e comerciais do ano passado seriam pontos fora da curva, enquanto os dados de 2019 apresentam um cenário mais realista para comparação.
Em relatório, a Iguatemi aponta como possível impulsionador o processo de vacinação contra a Covid-19 em ritmo acelerado e a melhora nos indicadores da pandemia. Essa soma de fatores possibilitou novas liberações nas restrições de horário e fluxo de operação dos shoppings.
“Desde o início da pandemia, destacamos o bom desempenho dos segmentos de luxo em geral, incluindo joalherias, moda internacional, artigos de couro entre outros. Porém, nos últimos meses, temos visto essa melhora de forma mais ampla”, afirma em fato relevante.
A Iguatemi destaca crescimento expressivo de categorias como:
- moda geral (feminina, masculina, íntima e esportiva)
- mercados
- móveis e decoração
- calçados em geral
- artigos esportivos
- brinquedos
A empresa diz que segue otimista que essa tendência de crescimento continue nos próximos meses. Atualmente, todos os shoppings da Iguatemi operam em 100% do horário permitido. Restrições de fluxo foram aliviadas para no geral 80%, com alguns shoppings entre 50% e 70%.
Balanço da Iguatemi no 2T21
A Iguatemi (IGTA3), dona de 14 shopping centers, dois outlets e três torres comerciais, apresentou lucro líquido de R$ 279 milhões no segundo trimestre de 2021. O valor é seis vezes maior do que no mesmo período de 2020, em meio ao primeiro pico da pandemia.
A disparada no lucro da Iguatemi partiu da linha de resultado financeiro, com uma receita de R$ 365,5 milhões em contrapartida a uma despesa de R$ 19,5 milhões um ano antes.
Por trás dessa linha está a participação de 10% que a administradora possui, via fundo, na Infracommerce (IFCM3), cujas ações estrearam na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) em maio. Com isso, a Iguatemi a teve um ganho extraordinário ‘não caixa’.
Cotação dos papéis IGTA3
Embora tenha apresentado lucro, o mercado se apresentou reticendo ao balanço da companhia. Em relatório, o Itaú BBA fez a seguinte crítica:
“O ponto de atenção ficou por conta do resultado financeiro, desconsiderando a participação na Infracommerce. Com isso, fluxo de caixa de empresas ligadas a operações imobiliárias, decepcionou”.
Na terça-feira (10), as ações da Iguatemi caíram 3,74%, fechando as operações cotada a R$ 38,36. Nesta manhã, entretanto, os papéis IGTA3 subiam 0,10% às 10:25.