A Iguatemi (IGTA3) registrou um lucro líquido de R$ 12,5 milhões no primeiro trimestre de 2020. Esse valor é equivalente a uma queda de 77,5% em comparação com o mesmo período no ano anterior.
De acordo com a operadora de shoppings centers, a redução significativa no lucro é devido a pandemia do novo coronavírus (covid-19), com o fechamento do comércio em todo o Brasil em meados de março. A receita líquida da Iguatemi somou R$ 156,8 milhões, queda de 9,4% em comparação de base anual.
O Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) totalizou R$ 102,9 milhões, queda de 20,5% em relação ao mesmo período em 2019. A margem Ebitda reduziu 9,2 pontos percentuais, para 65,6%.
A dívida total da companhia encerrou o trimestre em R$ 2,5 bilhões, alta de 6,4%. A disponibilidade de caixa ficou em R$ 960,7 milhões, queda 6%. Dessa forma, a dívida líquida se encontra em R$ 1,5 bilhão.
“O primeiro trimestre de 2020, apesar de ter apresentado um início promissor, com dados operacionais e financeiros encorajadores nos meses de janeiro e fevereiro, foi fortemente abalado pela pandemia da covid-19 (coronavírus), que atingiu a população brasileira no final de fevereiro. Sua rápida evolução no país levou a deliberações por parte dos governos estaduais e municipais que impactaram diretamente o nosso negócio – suspendemos as operações de todos os shoppings centers da companhia no final de março”, informou a empresa.
Iguatemi decide cancelar projeções para 2020
A Iguatemi comunicou ao mercado, via fato relevante, em março, que decidiu cancelar suas projeções sobre desempenho futuro para esse ano em decorrência da crise do coronavírus. As projeções já haviam sido informadas no dia 20 de janeiro de 2020.
A Iguatemi afirmou que “Tal decisão é resultado de um menor grau de previsibilidade da Companhia em relação aos seus resultados futuros nesse momento de incerteza, por conta dos impactos econômicos e sociais do
COVID-19”. Por fim, indicou no documento que segue comprometida em minimizar os riscos de disseminação do vírus, além de zelar pela saúde e segurança de seus ‘stakeholders‘.