Iguatemi (IGTA3) demitiu 13% de seus funcionários em julho
A Iguatemi (IGTA3) informou, em teleconferência com analistas, nesta quarta-feira (5) que demitiu cerca de 13% do seu quadro de funcionários em no mês de julho.
O presidente da Iguatemi, Carlos Jereissati Filho, ressaltou que as reduções dos postos de trabalho auxiliam a companhia a “otimizar custos” e a ter “melhores resultados” para sobreviver em meio à pandemia do novo coronavírus.
Além disso, a empresa comunicou que a inadimplência anotou uma baixa de 26% no segundo trimestre deste ano, visto que obteve recebimento de aluguéis atrasados que foram pagos no período. No que tange aos lojistas com unidades fechadas e que não realizaram o pagamento o aluguel, o número não entrou como atraso e não puxou a taxa.
A Iguatemi também destacou que após a reabertura de seus shoppings, quando houve descontos de aluguel apresentaram queda e lojistas passaram a ter que pagar a locação, não foi registrado crescimento nos casos. Em outras linhas de pagamento, a empresa sentiu a inadimplência na casa dos 15% no caso de condomínio e fundo de promoção entre os meses de abril e julho.
Não obstante, o comando da companhia reiterou que não espera uma mudança significativa na taxa de ocupação em comparação ao que foi registrado no segundo trimestre.
As reduções no valor do aluguel negociadas com os lojistas no segundo trimestre, equivalente a R$ 81,7 milhões, serão contabilizados de modo “espalhado” nos balanços ao longo de 30 meses reportados nos balanços trimestrais. Segundo a empresa, a medida evitou uma queda de 55% na receita líquida, para R$ 85,2 milhões.
Vendas da Iguatemi caem 82,8% no 2T20
Além disso, a Iguatemi informou que as vendas totais da empresa tiveram uma queda de 82,8%, para R$ 603,6 milhões no segundo trimestre. As vendas “mesmas lojas”, nas quais os pontos estão em operação a mais de um ano, mostraram uma baixa de 70,6%, enquanto as vendas mesmas áreas caíram 81,6% no período. Os aluguéis em “mesmas lojas” apresentaram declínio de 79,1%.