A Iguatemi (IGTA3) informou, na noite da última segunda-feira (5), que concluiu na última sexta-feira (2) a sua 10ª emissão de debêntures simples. De acordo com a companhia, foram realizadas duas séries de distribuição pública, levantando ao todo R$ 500 milhões.
Segundo a Iguatemi, os recursos foram direcionados para o reforço do capital de giro, atividades relacionadas à gestão ordinária de seus negócios e alongamento do perfil da dívida. As debêntures emitidas não são conversíveis em ações e são da espécie quirográfica.
A primeira série, que movimentou R$ 100 milhões, tem o prazo de vencimento de cinco anos contados a partir da data da emissão, sendo 28 de setembro de 2025, portanto. A segunda série, responsável por R$ 400 milhões, tem um prazo de sete anos contados da emissão, vencendo no dia 28 de setembro de 2027.
De acordo com o comunicado da empresa, não haverá atualização monetária dos papéis de crédito privado. A remuneração das debêntures, por sua vez, será de 100% da taxa DI acrescida de 2,15% ao ano na primeira série, e 100% da taxa DI mais spread de 2,45% ano ano na segunda série. O pagamento da remuneração será realizado semestralmente para ambas as séries.
A amortização do valor nominal unitário da primeira séria será realizada em parcela única, na data de vencimento. A segunda série será amortizada em duas parcelas idênticas anuais, a partir de 28 de setembro de 2026. Além disso, o resgate antecipado facultativo não será permitido.
Iguatemi lucra R$ 46,3 milhões no segundo trimestre
A Iguatemi registrou, em meados de agosto, um lucro líquido de R$ 46,3 milhões auferidos no segundo trimestre deste ano. A receita líquida somou R$ 160,9 milhões entre abril e junho desse ano, representando um recuo de 14,3% em relação ao mesmo período de 2019.
Já o Ebitda (Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização), atingiu R$ 114,9 milhões no trimestre finalizado em junho, com uma queda de 16,5% ante o mesmo período de 2019. A margem Ebitda caiu 2 ponto percentual, para 71,4%.
A empresa de shopping centers explicou na divulgação de seus resultados que , devido ao impacto da pandemia do Covid-19, “todos os ativos da companhia permaneceram com suas operações suspensas até final de abril, período em que apenas as operações essenciais, como farmácias e supermercados, além da operação de delivery de alimentos, seguiram funcionando”.
Em julho, com o objetivo de “otimizar custos” e a ter “melhores resultados” para sobreviver em meio à pandemia, a Iguatemi informou que desligou 13% de seus funcionários.