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IGP-M pode chegar a 3,5% em novembro com pressão cambial, diz FGV

A cota do BLMG11 encerrou a sessão desta segunda-feira em queda de 3,33, valendo R$ 102,99.

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O economista da Fundação Getulio Vargas (FGV), André Braz, declarou nesta terça-feira (10) que o Índice Geral de Preços ao Consumidor – Mercado (IGP-M) de novembro pode encerrar o mês em torno de 3,5%. Caso a projeção se concretize, será superior à taxa de outubro, de 3,23%.

Enquanto isso, segundo Braz, a evolução da primeira prévia do IGP-M de novembro, ficou em 2,67%, acima da
taxa de 1,97% em igual prévia do mês anterior. O economista explicou que a pressão do dólar em alta e oscilando em importados e commodities permanece no setor atacadista, representando 60% do total da inflação do aluguel, e deve continuar até o fim do mês, afirmou.

Diante da prévia, o economista apontou que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) acelerou de 2,45% para 3,48%, entre outubro e novembro. Ressaltando que as cinco principais influências que contribuíram para o aumento da inflação atacadistas na primeira prévia de novembro são commodities. Sendo elas:

Braz comprovou ainda a primeira prévia de novembro, sobre o espalhamento de altas de preços no setor atacadista. Declarando que, anteriormente, os avanços provenientes da influência cambial estavam mais concentrados em matérias-primas, entretanto, atualmente a tendência é de bens mais finalizados.

Além disso, da primeira prévia de outubro para mesma prévia neste mês, a inflação de matérias-primas brutas no atacado alcançou 4,19%, ante 2,31% , atingindo alta de 66,98% em 12 meses. Ao passo que a inflação de bens intermediários aumentou de 2,66% para 3,88%, com avanço de 19,47% em 12 meses.

“Estamos vendo aumentos em bens intermediários que são itens muito próximos aos produtos junto ao consumidor” informou. No varejo, a inflação apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ainda mostra desaceleração, de 0,64% para 0,41% entre a primeira prévia de outubro e a parcial neste mês. Entretanto, pode voltar a acelerar, afirmou o economista.

O economista revelou ainda que taxa menor do IPC na segunda prévia foi favorecida por desacelerações de preços sazonais, em alimentos como:

Veja Também: IGP-M: Inflação do aluguel desacelera em abril mas fica em 0,92%

Contudo, segundo o economista, esse impacto favorável não deve durar, que espera repasses de altas de matérias primas agropecuárias no atacado a seus respectivos derivados no varejo. “Acho que a alta do IPC pode chegar a 0,7% até o fim do mês.”

Desta forma, o IGP-M deve acelerar até o fim de novembro. “Não acho que chegue a 4% [a taxa mensal] mas acho que o indicador está propenso a ir mais na direção de 3%, 3,5%”, afirmou Braz.

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