IGP-M desacelera alta a 0,21% em janeiro, ante 0,45% em dezembro

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,21% em janeiro, após avanço de 0,45% em dezembro, segundo o mapeamento divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda (30).

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A inflação acumulada pelo IGP-M em 12 meses foi de 3,79% em janeiro, ante 5,45% em dezembro. O resultado ficou abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava elevação de 0,23% para o indicador, com estimativas entre 0,06% a 0,46%.

“Entre os índices componentes do IGP-M, o índice ao produtor segue registrando arrefecimento das pressões inflacionárias”, destacou André Braz, Coordenador dos Índices de Preços da FGV.

Segundo o especialista, o preço das matérias-brutas desacelerou no período, mas os reajustes das mensalidades de escolas e cursos foram na contramão desta queda e subiram 4,55%.

IGP-M: O que é?

O IGP-M é a média aritmética ponderada de outros três índices de inflação: o IPA-M (Índice de Preços ao Produtor Amplo), o IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor) e o INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção).

Nas aberturas, o IPA-M arrefeceu de 0,47% para 0,10% em janeiro. Em 12 meses, o índice de preços no atacado acumulou inflação de 3,0%, ante 5,27%.

O INCC-M avançou de 0,27% para 0,32%. O indicador acumula alta de 9,05% em 12 meses até janeiro, ante 9,40%.

O IPC-M acelerou de 0,44% em dezembro para 0,61% em janeiro. Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,49% em 12 meses em janeiro, acima dos 4,30% registrados em dezembro.

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Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação em janeiro. A principal contribuição foi de Educação, Leitura e Recreação (-0,26% para 2,04%), com peso de cursos formais (0,00% para 4,55%).

Houve aceleração também em Transportes (0,31% para 0,60%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,37% para 0,56%), Comunicação (0,48% para 0,79%) e Despesas Diversas (0,08% para 0,26%), sob influência dos itens licenciamento – IPVA (0,00% para 1,06%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,25% para 0,32%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,69% para 1,38%) e cigarros (-0,72% para -0,17%).

Na direção oposta, houve desaceleração de Alimentação (0,99% para 0,61%), Habitação (0,42% para 0,09%) e Vestuário (0,67% para 0,25%), puxados por hortaliças e legumes (9,75% para 2,10%), tarifa de eletricidade residencial (1,27% para -0,94%) e roupas (1,01% para 0,24%).

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Influências individuais no índice

Segundo a FGV, os itens que mais contribuíram para o avanço do IPC-M em janeiro foram curso de ensino fundamental (0,00% para 5,36%), curso de ensino superior (0,00% para 3,80%) e plano e seguro de saúde (1,13% para 1,12%), seguidos por batata-inglesa (-1,67% para 17,18%) e gasolina (0,18% para 0,72%).

As principais influências individuais de baixa, em contrapartida, foram de cebola (24,80% para -17,47%), tarifa de eletricidade residencial (1,27% para -0,94%), aluguel residencial (-0,13% para -0,74%), leite tipo longa vida (-5,53% para -2,30%) e xampu, condicionador e creme (0,41% para -2,64%).

Com Estadão Conteúdo

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Erick Matheus Nery

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