iFood obtém aval da Anac para realizar entregas com drones
A plataforma de entrega de comida e mercado iFood informou nesta quarta-feira (12) que obteve o aval da Agência Nacional Aviação Civil (Anac) para iniciar entregas experimentais com drones.
Segundo o iFood, os dispositivos serão utilizados em um modelo híbrido com outros modais para diminuir o tempo das entregas. Nesse sentido, a previsão é de que os primeiros voos experimentais sejam realizados em outubro, porém não trabalharão com o delivery direto na casa dos clientes. Pelo menos em um primeiro momento, a tecnologia fará parte da rota das entregas, que deverá ser finalizada por um motorista em pessoa.
Com isso, uma primeira etapa da utilização de drones será feita na cidade de Campinas (SP), em uma rota de 400 metros entre a praça de alimentação dentro de um shopping center e uma estrutura da empresa. O percurso deverá levar em média 2 minutos em um trecho que, a pé, normalmente levaria 12 minutos. A partir desse ponto, a última parte do trecho deverá realizada pelos entregadores.
Outro trajeto de voo experimental consistirá em uma viagem de 2,5 quilômetros entre o centro do iFood no shopping e um complexo de condomínios próximo. A companhia espera que a rota seja concluída em 4 minutos, ao invés dos 10 minutos necessários pelos entregadores.
Modelo pode servir de solução para comércio vinculado ao iFood
O anúncio ocorre em meio a uma acentuada crise no setor de bares e restaurantes devido às medidas de isolamento social para conter a disseminação da pandemia do novo coronavírus. Dessa forma, o novo modelo de entregas por drones pode vir a ajudar esse segmento em vista da cada vez maior adesão ao comércio eletrônico.
De acordo com o iFood, a quantidade de restaurantes cadastrados na plataforma cresceu cerca de 160 mil em março para 212 mil em junho, ao passo que o número de entregas saiu de 30 milhões para 39 milhões no intervalo.
Contudo, “devido ao avanço da pandemia de covid-19, a empresa está avaliando o momento mais adequado para dar início ao projeto, levando em consideração o bem-estar e a saúde de colaboradores e parceiros”, explicou o aplicativo, em nota.
A autorização da Anac para operar em larga escala irá depender em parte dos resultados da primeira fase teste de operação. O iFood, por sua vez, informou que já mapeou quase 200 cidades no Brasil onde poderá replicar, se bem sucedido, o modelo.