IFIX fecha em alta e sobe 0,74% na semana; MORE11 e BRCR11 lideram ganhos
O IFIX, principal índice de fundos imobiliários da bolsa de valores brasileira (B3), encerrou a sessão desta sexta-feira (29) com alta de 0,44%, aos 2.814,10 pontos.
A mínima registrada foi de 2.801,68 pontos, valor de abertura do dia. A máxima foi 2.814,12. O fechamento de hoje é maior alta do índice desde o dia 13 de maio, quando subiu 0,58%. Na semana, o IFIX acumulou ganhos de 0,74%
O FII More Real Estate (MORE11) liderou o ranking das maiores altas do IFIX, com +2,06%. Em seguida, Btg Pactual Corporate Office Fund (BRCR11) subiu 1,90% e RBR Properties (RBRP11) teve ganhos de 1,59%.
Quem liderou o ranking da ponta negativa foi Bluemacaw Renda+ FOF (BLMR11), com -2,87%. Em segundo lugar, ficou o Brazilian Graveyard and Death Care Services (CARE11), com -1,92% e, em terceiro, XP Properties (XPPR11), que perdeu 1,63%
Maiores altas do IFIX
Os 5 primeiros colocados entre as altas da sessão foram:
Maiores baixas do IFIX
Enquanto isso, as 5 maiores desvalorizações do dia foram:
Durante o pregão desta sexta, três fundos imobiliários pagaram dividendos aos seus cotistas. Confira quais foram:
- Floripa Shopping (FLRP11) – R$ 12,79
- BTG Pactual Terras Agricolas (BTRA11) – R$ 0,70
- Edificio Galeria (EDGA11) – R$ 0,14
Da lista, apenas BTG Pactual Terras Agricolas estão presente na carteira do IFIX, de acordo com o site da B3 (B3SA3).
Fundos de lajes Corporativas estão caindo; saiba as razões
Por que os fundos de lajes corporativas como RBRP11 e HGRE11 estão caindo tanto nos últimos dias? Para responder essa questão o especialista de FIIs da Suno Research, Marcos Correa, explicou as razões para queda no preço das cotas desses fundos imobiliários.
Correa lembra que esses fundos ainda estão em recuperação das consequências da pandemia do coronavírus. Com o aumento do home office nas empresas, muitos ativos dos fundos de lajes corporativas perderam inquilinos, aumentando assim sua vacância.
Alguns fundos estão em recuperação mais avançada em relação ao seu portfólio, enquanto outros FIIs ainda sofrem para recuperar o mesmo patamar anterior à pandemia.
Falando especificamente do RBRP11 e HGRE11, os dois estão com problemas em seus ativos. O primeiro fundo tem uma concentração grande em um único imóvel, o River One, e ele ainda não foi alugado.
Correa lembra que prédio está praticamente vazio com um andar alugado. Além disso, a renda garantida desse imóvel vai até outubro de 2022. Neste caso, a renda garantida ajuda o fundo em todo esse período sem locação, pois ele recebe “aluguéis” do vendedor do imóvel.
Porém, se o fundo não alugar esse imóvel até essa data, a renda do RBRP11 vai cair bastante, em torno de R$ 0,20 por cota, detalha Correa. Por isso, as cotas desse FII estão se desvalorizando, pois o mercado está precificando que a vacância financeira do fundo será ainda maior.
O caso do HGRE11 é bastante particular. Correa lembra que esse é um fundo que há muito tempo tem seus desafios. Ele possui um imóvel com vacância de 100%. O fundo comprou o ativo e atualmente está reformando para locação.
No último relatório gerencial, a gestora detalhou outras dificuldades em seu portfólio, incluindo vacância, ação de despejo e renegociações de contratos. Com essas “novidades” somadas ao ativo com vacância de 100%, o mercado tem precificado para baixo o valor do fundo.
Portanto, esses fundos de lajes corporativas – RBRP11 e HGRE11 – estão caindo por questões bem particulares. De igual modo, outros FIIs que estão em situação semelhantes também estão com sua cotas pressionadas.
PVBI11 paga os mesmos dividendos e zera vacância
A VBI Estate Gestão de Carteiras, gestora do FII VBI Prime Properties (PVBI11), comunicou nesta quinta-feira (28) os resultados do mês de junho. O fundo paga os mesmos dividendos em julho. Além disso, a gestora comenta sobre redução da vacância do fundo com nova locação.
Os dividendos do PVBI11 foram de R$ 0,56/cota, pagos no dia 07/07. Esta distribuição representa um dividend yield de 7,3% sobre o preço de fechamento (R$ 91,80) e 6,8% sobre o valor da cota patrimonial (R$ 99,22). A gestora tem seguido sua política de previsibilidade dos rendimentos, pagando desde agosto de 2021 o mesmo valor aos cotistas.
A gestora afirma que no final do mês de junho, a vacância do PVBI11 era de 0,1%. Apenas 1% da área da Torre B do JK disponível referente ao espaço do restaurante no térreo.
Porém, no mês de julho, foi fechado o contrato com o restaurante Lumma. Ou seja, no próximo mês a vacância física do Ativo JK será zerada e, consequentemente, a do fundo. A gestora lembra que prazo médio remanescente dos contratos vigentes (WAULT) é de 6,3 anos.
Além disso, o FII PVBI11 recebeu a totalidade dos recebíveis de sua carteira imobiliária de competência do mês, sem qualquer inadimplência.
A gestora também comenta sobre obra do Ativo Union Faria Lima, com previsão de conclusão no último trimestre de 2023. O cronograma das obras segue em dia, com 26% das atividades concluídas, sendo que as obras referente as estruturas atingiram 49% de conclusão.
No Ativo FL 4.440, a gestora está na parte de elaboração de orçamentos para execução das obras de retrofit do paisagismo e da iluminação, bem como construção do espaço relax.
No Ifix hoje, o PVBI11 subiu 0,42%, a R$ 91,80.