FII de imóveis rurais dispara após alta em dividendos; IFIX sofre a quarta queda seguida
FII BTRA11 sobe acima de 3%, um dia depois de anunciar alta de 26% em dividendos; veja os destaques do dia no mercado.
O FII BTRA11, que atua no segmento de imóveis rurais, liderou as altas no mercado de fundos imobiliários desta quinta-feira (25), com mais de 3% de valorização, um dia depois de anunciar dividendos 26% maiores que nos meses anteriores, em pregão marcado pela quarta queda consecutiva no IFIX.
O principal índice de FIIs do mercado fechou em 3.375,00 pontos, com queda de 0,19% em relação à véspera, a mais acentuada para um só dia nesta semana.
A cotação do FII BTRA11 fechou em R$ 54,00, alta de 3,38% em relação à véspera, quando anunciou dividendos de R$ 0,38 por cota para pagamento na próxima quarta-feira (31), depois de uma série de distribuições de R$ 0,30 durante o primeiro semestre.
A valorização se deu mesmo com os compradores do dia já sem direito ao recebimento dos dividendos deste mês, já que a data com, de fechamento dos beneficiários, foi no mesmo dia do anúncio, no qual o fundo fechou em R$ 52,61. Durante o dia, o BTRA11 teve volume financeiro de R$ 1,190 milhão.
FII BTRA11 lidera altas; veja outros destaques
Depois de uma alta inicial, atingindo o pico de 3.386,81 pontos às 10h20, o IFIX entrou em patamar negativo cerca de meia hora depois e passou todo o pregão em viés negativo, chegando à mínima de 3.372,14 pontos às 16h09.
O índice de fundos imobiliários acumula queda de 0,49% na semana, mas mantém resultado positivo para o mês de julho, de 0,83%. No ano, o IFIX registra valorização de 1,92%.
Analistas acreditam que o mercado já está em compasso de espera para a Super Quarta, na semana que vem, quando as autoridades monetárias anunciam decisões sobre juros nos Estados Unidos e no Brasil. Ainda que a manutenção dos valores atuais seja a expectativa unânime, os agentes aguardam pelos comunicados para tentar projetar quando as taxas de juros começarão a cair nos dois países.
No caso brasileiro, o IPCA-15 de julho anunciado também nesta quinta, acima das projeções, deve servir para prolongar o cenário de Selic em 10,5% ao ano, o que é visto como negativo para o mercado de renda variável.
Coincidentemente, o IFIX não fechava em queda por quatro pregões seguidos desde junho, quando viveu seu pior momento do ano, caindo abaixo de 3.300 pontos, dias antes da reunião anterior do Copom, que marcou o fim do ciclo de queda da Selic após sete cortes seguidos.
Confira as principais altas do dia:
| Fundo | Variação | Fechamento |
| BTRA11 | +3,38% | R$ 54,00 |
| LGCP11 | +1,61% | R$ 86,37 |
| PATL11 | +0,60% | R$ 61,75 |
| MCCI11 | +0,58% | R$ 92,67 |
| SNEL11 | +0,54% | R$ 9,34 |
Entre as principais quedas, ficaram os seguintes fundos imobiliários:
| Fundo | Variação | Fechamento |
| VINO11 | -1,59% | R$ 6,18 |
| VISC11 | -1,16% | R$ 113,20 |
| JSAF11 | -1,07% | R$ 93,88 |
| TVRI11 | -1,05% | R$ 101,93 |
| RBRL11 | -0,92% | R$ 77,35 |
Em volume de cotas vendidas ao longo do pregão, os mais negociados foram
O IFIX é o principal índice do mercado de FIIs. Na atual carteira teórica, apresentada em maio e com validade até o fim de agosto, figuram 112 ativos, escolhidos pela B3 a partir de indicadores como valor patrimonial e liquidez das cotas de cada FII, além de outros fatores.
