Os fundos imobiliários (FIIs) de papel, que negociam títulos de dívida atrelados aos juros e à inflação, foram os destaques positivos do pregão desta quinta-feira (18), marcado pela primeira queda do IFIX após dez dias consecutivos de valorização.
O índice de FIIs fechou o pregão em 3.382,64 pontos, queda de 0,16% em relação à véspera, puxado pelos rumores do mercado sobre a dificuldade de cumprimento de metas fiscais pelo governo, mesmo após o anúncio de cortes no orçamento em R$ 15 bilhões.
Assim, ao contrário dos últimos dias, em que o FIIs de tijolo vinham obtendo os melhores desempenhos, a risco de pressão inflacionária e de prolongamento dos juros altos beneficiou os FIIs de papel, que dominaram as principais altas do dia – a exceção abaixo é o RBRP11, que atua no setor de lajes corporativas. Confira os destaques entre as maiores altas do dia:
Fundo | Variação | Fechamento |
NCHB11 | +0,64% | R$ 9,39 |
HSAF11 | +0,54% | R$ 85,82 |
URPR11 | +0,47% | R$ 82,85 |
RBRP11 | +0,42% | R$ 57,15 |
KNIP11 | +0,41% | R$ 95,29 |
Entre as principais quedas, figuraram:
Fundo | Variação | Fechamento |
XPIN11 | -1,42% | R$ 77,76 |
HGBS11 | -1,33% | R$ 216,88 |
HGLG11 | -1,19% | R$ 162,50 |
JSRE11 | -1,07% | R$ 66,40 |
RBVA11 | -1,01% | R$ 106,41 |
O MXRF11, um dia depois de negociar quase 3 milhões de cotas, desta vez ficou abaixo de seu volume normal, de 1 milhão de cotas por dia. Em volume de cotas vendidas ao longo do pregão, os mais negociados foram
FIIs de papel sobem; IFIX mantém alta no mês
O IFIX vinha de cinco dias consecutivos operando com variação positiva em todo o período de negociações, mas desta vez oscilou negativamente perto de meio-dia, recuando de forma mais acentuada durante a tarde, até fechar em seu mínimo do dia.
Apesar da queda no dia, o índice de FIIs mantém resultado positivo acumulado na semana, de 0,37%. No mês de julho, a alta registrada é de 1,05%, e no ano, de 2,15%.
O IFIX é o principal índice do mercado de FIIs. Na atual carteira teórica, apresentada em maio e com validade até o fim de agosto, figuram 112 fundos, escolhidos pela B3 a partir de indicadores como valor patrimonial e liquidez das cotas, além de outros fatores.