FIIs de lajes corporativas sobem e IFIX fecha acima de 3.770 pontos
FIIs RCRB11 e XPPR11 ficaram entre as maiores altas do dia, acima de 4%; IFIX consegue valor mais alto de fechamento desde o começo de junho.
Os FIIs RCRB11 e XPPR11, que atuam no segmento de lajes corporativas, registraram as maiores valorizações do pregão de fundos imobiliários desta sexta-feira (12), dia em que o IFIX teve seu fechamento mais alto desde o recuo do início de junho.
Os FIIs de lajes corporativas, como são conhecidos os fundos que priorizam a posse e a gestão de escritórios, representam o segmento mais descontado do mercado, com P/VP médio de 0,85x na virada do mês, ou seja, um valor de mercado bem abaixo do valor patrimonial.
O FII RCRB11, por exemplo, subiu 5,66% e chegou a seu maior valor de fechamento em julho, de R$ 146,01, mas ainda acumula queda de 0,47% em relação à cotação do último dia útil do mês passado, de R$ 146,70, e de mais de 8% desde o início do ano, quando negociava próximo dos R$ 160. Seu valor patrimonial por cota é de R$ 205,52, ou seja, o P/VP de hoje está em 0,71x.
Nos últimos dias, o RCRB11 foi notícia por aumentar seu patamar de dividendos, mesmo em meio a um registro de inadimplência da WeWork em um dos edifícios do seu portfólio em São Paulo.
Já o XPPR11 havia liderado as altas na quinta-feira (11), com 2,29%, e agora subiu mais 4,92%, chegando em R$ 18,78, sua maior cotação de fechamento desde 5 de junho, mas quase 40% abaixo da máxima do ano, de R$ 26,61. Com valor patrimonial unitário de R$ 64,48, o fundo tem um P/VP de 0,29x.
FIIs de lajes dominam altas; veja outros destaques
O IFIX terminou o pregão em 3.370,07 pontos, alta de 0,05% em relação à véspera, num dia de forte oscilação positiva desde os primeiros minutos de negociações. O IFIX atingiu sua máxima do dia pouco antes do fechamento, em 3.371,63 pontos.
No acumulado da semana, o IFIX acumulou alta de 0,85%, suficiente para compensar os resultados negativos nos primeiros três pregões de julho, quando o mercado se assustou com o risco de possível taxação de FIIs e Fiagros, durante as discussões iniciais para regulamentação da reforma tributária, ideia depois deixada de lado.
Assim, no mês de julho, o resultado do índice de FIIs por ora é positivo em 0,68%. No ano, a alta acumulada é de 1,77%. Se comparado com o resultado de 12 meses atrás, o IFIX registra valorização de 5,98% no período.
Entre as principais altas no pregão de hoje aparecem:
Fundo | Variação | Fechamento |
RCRB11 | +5,66% | R$ 146,01 |
XPPR11 | +4,92% | R$ 18,78 |
AJFI11 | +3,61% | R$ 8,60 |
BCFF11 | +3,47% | R$ 8,65 |
PVBI11 | +2,24% | R$ 95,50 |
Na outra ponta, entre as principais quedas, ficaram:
Fundo | Variação | Fechamento |
BTRA11 | -1,54% | R$ 53,00 |
LGCP11 | -1,19% | R$ 85,27 |
RBRF11 | -1,03% | R$ 7,70 |
VIUR11 | -0,73% | R$ 6,80 |
PLCR11 | -0,37% | R$ 85,25 |
Em volume de cotas vendidas ao longo do pregão, os mais negociados foram
O IFIX é o principal índice do mercado de FIIs. Na atual carteira teórica, apresentada em maio e com validade até o fim de agosto, figuram 112 FIIs, escolhidos pela B3 a partir de indicadores como valor patrimonial e liquidez das cotas, além de outros fatores.