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IFIX cai 0,20% e GGRC11 despenca 3,8%; Americanas (AMER3) pode impactar fundos imobiliários?

Prédios em alusão ao IFIX, índice de fundos imobiliários da Bolsa brasileira. Foto: Unsplash

Fundos imobiliários. Foto: Unsplash

O IFIX, principal índice de fundos imobiliários da Bolsa de Valores brasileira (B3), terminou o pregão desta quinta-feira (12) em queda de 0,20%, aos 2.833,33 pontos, depois de oscilar entre 2.843,28 e 2.832,08 pontos.

A cotação do IFIX teve a sua sétima queda neste ano, de um total de apenas nove sessões realizadas em 2023.

O principal destaque de alta do IFIX hoje foi o KFOF11, que subiu 1,55%. Ele é um fundo de fundos (FOF), podendo investir em cotas de FII, CRI, LCI, LH, LIG, assim como outros ativos financeiros. XPML11, PVBI11, HGCR11 e BLMR11 também estiveram no top 5 entre as maiores valorizações desta sessão.

Entre as quedas, o destaque foi para o GGRC11, que desabou 3,81%, após a repercussão gerada pelo anúncio de que um de seus inquilinos, a Americanas (AMER3), descobriu haver nas contas da empresa inconsistências de cerca de R$ 20 bilhões. Outro FII locatário da empresa, o LVBI11, recuou 1,70%.

Também foram destaques de baixa na sessão de hoje os fundos imobiliários CPTS11, RBRY11 e BCRI11.

Maiores altas do IFIX

As 5 maiores altas do IFIX foram:

Maiores quedas do IFIX

As 5 maiores quedas dos IFIX hoje foram:

A Americanas (AMER3) pode impactar os fundos imobiliários?

Um dos principais assuntos do mercado financeiro hoje foi a queda das ações da Americanas em mais de 77%, após divulgar “inconsistências contábeis” na casa dos R$ 20 bilhões. Mas isso poderia impactar de alguma forma os fundos imobiliários?

A Americanas possui contrato de locação de imóveis vigente com alguns FIIs. Os fundos imobiliários expostos a Americanas e a porcentagem da receita desses fundos associada a empresa são:

Fundo imobiliárioPercentual da Receita
MAXR1134%
GGRC1119,91% (novembro de 2022)
17,57% (semestral)
XPLG118%
LVBI117%
BRCO116%
VIUR111%

O professor Baroni, especialista de fundos imobiliários da Suno Research, disse que ainda não dá para determinar a profundidade do problema contábil desse caso para as Lojas Americanas.

Sendo assim, não é possível afirmar se ela chegará ao ponto de ter uma insolvência no futuro que comprometa sua capacidade de pagamento nos contratos vigentes com os FIIs.

Na pior das hipóteses, se a Americanas vier a falir posteriormente, o imóvel desses FIIs expostos a empresa tem a possibilidade de ficar vacante, o que impactaria parte da receita de aluguel desses fundos até o fechamento de um novo contrato com outro inquilino.

Nesse sentido, o percentual de receita exposto a Americanas e o tempo dessa eventual vacância são os principais fatores que podem fazer com que o caso da empresa varejista afete de alguma forma os fundos imobiliários.

No entanto, tranquilizando os investidores, Baroni diz que os cotistas desses FIIs não devem tomar decisões de investimento baseado no caso da Americanas.

Ele ressalta que o investimento em fundos imobiliários tem como propósito a alocação em imóveis, e é a qualidade desses ativos um dos fatores que deve ser considerado na decisão de investir ou não nesses FIIs.

Cotação do IFIX nesta quarta (11)

O IFIX encerrou a sessão desta quarta-feira (11) em queda de 0,22%, aos 2.839,07 pontos.

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