IFIX sobe 0,07%; RCRB11 avança 4,7% e HGRU11 perde 2,7%

O IFIX, principal índice de fundos imobiliários da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou o pregão desta terça-feira (4) em alta de 0,07%, aos 2.985,08 pontos.

A cotação do IFIX teve sua máxima diária em 2.986,39 pontos e sua mínima, de 2.980,10 pontos.

O principal destaque de alta da sessão foi o Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11), que subiu 4,78%, liderando as maiores altas da sessão.

A segunda posição entre as maiores altas do IFIX hoje foi o fundo Habtat II (HABT11), com ganhos de 3,86%, seguido por VBI CRI (CVBI11), que valorizou 3,58%.

No campo oposto, quem teve as maiores perdas do dia foi Hospital Nossa Senhora de Lourdes (NSLU11), com -3,95%, seguido por Vinci Offices (VINO11), que caiu 3,32%, e CSHG Renda Urbana (HGRU11), que desvalorizou 2,75%.

Maiores altas do IFIX

As 5 maiores altas do IFIX foram:

  • RCRB11: +4,78%
  • HABT11: +3,86%
  • CVBI11: +3,58%
  • RBRL11: +3,41%
  • VGIR11: +3,16%

Maiores baixas do IFIX

As 5 maiores quedas dos FIIs hoje foram:

  • NSLU11: -3,95%
  • VINO11: -3,32%
  • HGRU11: -2,75%
  • VRTA11: -2,40%
  • BRCR11: -1,98%

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HGLG11 e HGRU11 estão em risco com a crise da Credit Suisse?

Os investidores dos fundos geridos pela Credit Suisse estão preocupados. Com a crise do banco, os cotistas do HGLG11HGRU11HGRE11HFOF11 entre outros, querem saber se existem riscos para os fundos imobiliários.

O professor Marcos Baroni, analista CNPI, especialista em Fundos Imobiliários da Suno Research, disse ao Suno Notícias que não há nenhum riscos para o HGLG11 e outrs FIIs da CSHG.

Mesmo com a queda recente nas cotações desses FIIs, o mercado mesmo que ocorra uma solvência do banco, os FIIs não serão impactados por serem separados da tesouraria do Credit Suisse.

Baroni acredita que mesmo que bancos ou gestoras tenham problemas econômicos severos, “os ativos conseguem seguir seu caminho naturalmente. Na prática, a contabilidade e o patrimônio em si são segregados e isso deveria, inclusive, trazer até mais conforto aos investidores”.

Neste caso, a gestora do HGLG11 e outros são prestadores de serviço. No pior das hipóteses, se o banco sofrer algum problema mais grave que afete diretamente a Credit Suisse no Brasil, a gestora pode até mesmo ser substituída.

O maior risco, na verdade, é que o Credit Suisse perder seus talentos nas operações no Brasil. Isso sim poderia impactar os fundos como HGLG11 e HGRU11. “Se a CSHG começar a perder seus talentos, poderemos ver um impacto negativo nos fundos”.

“É como um time de futebol que sem recursos não consegue contratar nem reter os melhores jogadores nem disputar nas melhores ligas”, explifica Baroni.

Porém, até o momento o CSHG não está enfrentando esse tipo de problema no Brasil, de forma que sua equipe segue intacta à frente dos trabalhos.

O banco Credit Suisse, segundo maior banco da Suíça, está passando por uma crise de confiança do mercado. Com ações em queda tanto na Bolsa de Zurique quanto nos Estados Unidos, batendo nas mínimas históricas.

Para pior a situação, o Credit Default Swap (CDS) da instituição, derivativo de crédito que protege contra calotes, chegou a superar os 300 pontos, ultrapassando a marca da crise financeira mundial de 2008.

Há poucos meses, o banco era avaliado em mais de US$ 30 bilhões, chegando a valer menos de US$ 10 bilhões no atual momento delicado.

Porém, é esperado que o banco faça uma reestruturação interna e reforço de capital, mas o mercado ainda segue preocupado com os rumos da instituição financeira e dos FIIs no Brasil, incluindo o HGLG11.

No IFIX hoje, o HGLG11 teve cotação de R$ 166,15, queda de 0,81%.

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Victória Anhesini

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