O estado de São Paulo pode receber 490 novos voos semanais por conta de cortes no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o querosene da aviação.
O corte do ICMS foi anunciado na última terça-feira (5) pelo governador de São Paulo, João Dória. De acordo com a nova medida, o imposto cairá de 25% para 12% na alíquota. A projeção foi feita pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).
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O presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, afirmou que “baixar alíquota para 12% significa trazer o estado de São Paulo para dentro das médias nacionais”. Sanovicz acrescentou ainda que as companhias aéreas se comprometeram a criar um fundo de promoção de marketing de R$ 40 milhões com o objetivo de fazer investimentos em promoções de turismo em São Paulo, no Brasil e no mundo.
Desses 490 voos, 416 terão como destino outros 21 estados em 38 diferentes destinos. Os outros 74 restantes ligarão as cidades do próprio estado. De acordo com Sanovicz, as empresas aéreas deverão anunciar os novos destinos em breve.
Gol
As empresas aéreas já se manifestaram sobre a medida. O presidente da Gol (GOLL4), Paulo Kakinoff, disse que a empresa deverá anunciar em até 60 dias novos destinos partindo de São Paulo, além de rotas em aeroportos regionais do estado. “Nós faremos anúncio específico das nossas novas rotas em ocasião a ser definida”, disse durante evento de anúncio em São Paulo.
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Quando perguntado se o corte do ICMS pode interferir nos preços das paisagens, Kakinoff salientou que há outros fatores, como o preço internacional de petróleo, que precisam ser levados em consideração.
“Evidentemente essa adição de voos aumenta competitividade e dá perspectiva de reflexo de tarifa. Porém, entre esse momento e a implementação do voo, essas variáveis combinadas podem trazer variação tanto pra cima quanto para baixo nas tarifas, uma vez que essa é a dinâmica natural do setor. A precificação se dá diariamente justamente em função desses custos e da oferta”, disse.
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O executivo acrescenta ainda que a correção do ICMS é uma pauta antiga. “Agora, felizmente, o governo do Estado tomou a dianteira nessa decisão”, disse. Segundo o Kakinoff, os impostos praticados em São Paulo para o querosene não são encontrado em nenhum lugar do mundo.