Ibovespa: XP prevê entrada de Inter (BIDI4) e Rede D’Or (RDOR3) no índice
Em setembro, o Ibovespa passará por mais um rebalanceamento, que deve acrescentar novos ativos à carteira teórica do índice. A XP prevê que na nova relação, o índice contará com as ações preferenciais do Inter (BIDI4) e os papéis da Rede D’Or (RDOR3).
O Inter já faz parte do Ibovespa, mas com as units, que entraram na carteira teória no último rebalanceamento, em maio. Segundo a XP, os papéis do banco entrariam com um peso de 1% no índice, enquanto a Rede D’Or levaria 2,5%
No caso da rede de hospitais, a corretora destaca que a empresa se encaixa em algumas condições especiais. Para entrar no Ibovespa, uma companhia deve ter participado de 95% dos pregões dos 12 meses anteriores, sendo que o IPO da Rede D’Or, um dos maiores da história brasileira, foi realizado em dezembro de 2020.
Para isso, as regras que se aplicam contemplam o período da oferta, que não pode ter sido tão recente (nos últimos 3 meses), negociação regular dos ativos, além de satisfazer as outras condições de volume negociado.
A XP também comentou que existe uma probabilidade média de Petz (PETZ3) e Alpargatas (ALPA4) também entrarem na relação. Outras empresas têm chance baixa, na visão dos analistas. São elas:
- Banco Pan (BPAN4), com peso de 0,3%;
- Duratex (DTEX3), com peso de 0,2%;
- Méliuz (CASH3), com peso de 0,2%.
A corretora prevê, ainda, que nenhum ativo deve ser retirado da carteira teórica. Atualmente, o índice conta com 84 ativos, de 81 empresas distintas, que representam 10 setores.
A importância de saber quem entra e quem sai do Ibovespa
As entradas e saídas de empresas do Ibovespa são acompanhadas de perto pelos agentes do mercado. A primeira delas diz respeito a fundos passivos e ETFs que procuram acompanhar o desempenho do índice e, consequentemente, compram os papéis da carteira teórica.
As ações incluídas também passam a ser alvo de compra por parte das gestoras, o que eleva as negociações das mesmas em datas próximas do rebalanceamento.
Além disso, a inclusão no maior índice acionário da Bolsa brasileira pode levar a um maior interesse por parte do mercado. Isso fomenta o aumento do volume de informações públicas e, por consequência, de liquidez.
Segundo um estudo realizado em março pela XP, nos últimos cinco anos as ações incluídas valorizaram, em média, 10,4% nos 30 diaas antes do rebalanceamento. Depois, a tendência é que os papéis caiam ou andem de lado por um tempo.
Os ativos removidos, que foram três no período, caíram 20,7% um mês antes da troca. Após a saída do índice, as ações se recuperaram rapidamente. Ou seja, para ambos os casos, há forte volatilidade.
O Ibovespa é rebalanceado a cada quatro meses pela B3 (B3SA3), sempre na primeira segunda-feira dos meses de janeiro, maio e setembro.