Com o início de um novo mês, a XP revisou as suas carteiras recomendadas e sua projeção para o Ibovespa. Agora, a casa vê o índice em 155 mil pontos em uma janela de 12 meses.
No final de agosto, o Ibov emendou uma sequência de altas que levou o índice às máximas históricas, acima dos 136 mil pontos. Contudo, diante da uma leve revisão de baixa nas previsões de lucro por ação e a expectativa de um ciclo de alta dos juros, a casa questiona até quando pode durar esse otimismo.
“Ainda há motivos para ser otimista, já que o cenário global tem dados sinais de melhora com o Fed provavelmente cortando juros em breve, mas mantemos uma posição mais cautelosa em nossas Carteiras Recomendadas”, diz o relatório da XP.
Assim, a casa segue mais concentrada em setores que se beneficiam do ciclo de alta dos juros, como o financeiro, o das elétricas, saneamento, petróleo, gás e petroquímicos.
Os analistas explicam que à medida que os mercados começam a precificar futuras altas na Selic, os setores com um desempenho da média são aqueles que a casa também considera os mais defensivos: bancos, instituições financeiras, elétricas e saneamento.
“No atual ciclo de alta, que começou em 9 de maio, esses setores têm superado o benchmark, em grande parte porque os investidores têm adotado estratégias mais defensivas e orientadas para dividendos em relação às ações brasileiras”, diz o relatório.
Outro fator que pode impactar o desempenho do índice Bovespa no segundo semestre são as eleições americanas. No entanto, a casa minimiza a volatilidade em torno do evento.
“A volatilidade próxima às eleições nos EUA pode parecer alta, atingindo um pico próximo à data das eleições passadas, seguido por uma queda e estabilização. No entanto, ao excluir 2008, a volatilidade média histórica dos retornos é essencialmente estável ao longo do período”, destaca a XP sobre o Ibovespa.
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