Ibovespa abre em leve alta; vacinas e cenário exterior no radar

O Ibovespa abriu em leve alta na manhã desta terça-feira (24), seguindo a tendência das bolsas mundiais. O mercado brasileiro está de olho no avanço das vacinas que estão sendo desenvolvidas para combater o novo coronavírus (Covid-19). Além disso, chama atenção o sinal positivo de Donald Trump para a transição de governo para o presidente eleio Joe Biden.

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A cotação do Ibovespa, por volta das 10h30, subia 0,55%, para 107.965 pontos. Na última segunda-feira (23), o mercado reagiu positivamente à informação de que a vacina da AstraZeneca e Universidade de Oxford tem eficácia de até 90%. De acordo com as empresas, o antígeno teve eficácia de 90% quando houve a aplicação de meia dose seguida de uma completa após um mês.

Quando houve a aplicação de duas doses completas, a eficácia caiu para 62%. A média da eficácia da vacina de Oxford ficou em 70,4%. Segundo o chefe do estudo, Andrew Pollard, o tempo de imunidade gerado pode ser de ao menos um ano.

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O Ministério da Saúde brasileiro disse que assinará cartas de intenção não-vinculantes com cinco empresas para a compra futura de antígenos. A aquisição deverá passar pelo crivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de uma possível incorporação ao SUS.

A agência de classificação de riscos Moody’s informou, em relatório divulgado na última segunda-feira, que a vacinação em massa tem potencial para melhora das projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global. Todavia, este movimento só deve ocorrer de fato a partir do segundo semestre de 2021.

“As recentes notícias positivas sobre a eficiência das vacinas em desenvolvimento vão fazer pouco para reduzir as preocupações imediatas sobre o atual crescimento dos casos de covid nos Estados Unidos e Europa“, ponderam os analista da agência.

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No front externo, chama atenção o sinal de Trump para a transição da presidência para o democrata Joe Biden. O mercado avalia de forma positiva o movimento, uma vez que o atual mandatário tem levantado uma série de questionamentos acerca do processo eleitoral norte-americano, o que traz certa incerteza aos investidores.

O mercado também viu com bons olhos a possível indicação de Janet Yellen, ex-presidente do Federal Reserve (Fed), como secretária do Tesouro. A indicada de Biden recentemente afirmou que a recuperação econômica será “desigual e sem brilho” se o Congresso não fornecer mais recursos para o combate do desemprego e sustento das empresas. Dessa forma, uma das primeiras medidas de Yellen poderia ser um esforço para a expansão dos estímulos financeiros. Com isso, os índices futuros de Nova York operam em alta pelo segundo dia consecutivo.

No âmbito interno, o mercado avalia o avanço da inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) subiu 0,81% em novembro, após ter avançado 0,94% em outubro. Foi a maior variação para um mês de novembro desde 2015, quando o indicador atingiu 0,85%.

Diferentemente da inflação oficial do país, a prévia coleta preços entre o dia 16 do mês anterior até o dia 15 do mês de referência. Em outubro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou um avanço de 0,94% no indicador. Foi o maior resultado desde 1995.

Destaques do Ibovespa

Confira as maiores altas e as maiores baixas entre as empresas que fazem parte do Ibovespa, por volta das 10h35:

 

Mercados internacionais

Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:

  • Nova York (S&P 500) futuro: +0,77%
  • Londres (FTSE 100): +1,22%
  • Frankfurt (DAX 30): +1,05%
  • Paris (CAC 40): +1,36%
  • Milão (FTSE/MIB): +1,83%
  • Hong Kong (Hang Seng): +0,39% (fechada)
  • Xangai (SSE Composite): -0,34% (fechada)
  • Tóquio (Nikkei 225): +2,50% (fechada)

Última cotação do Ibovespa

Da mesma forma que o Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última segunda-feira com uma alta de 1,26%, a 107.378,92 pontos.

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Jader Lazarini

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