O Ibovespa hoje fechou em alta de 1,39%, a 121.052,52 pontos, impulsionado por Vale (VALE3), a qual subiu 1,91%, e bancos. O índice acionário também refletiu a melhora no mercado externo após a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês)
O Ibovespa acelerou os ganhos depois do comitê do Federal Reserve (Fed) manter a taxa de juros americana entre 0% e 0,25%. Os membros também reforçaram a necessidade de compra de título até o país atingir o pleno emprego.
Por aqui, o forte fluxo comprador no mercado foi abastecido pelo setor de bancos, o qual, segundo Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos, deslanchou após o resultado do Santander Brasil (SANB11). O banco superou as expectativas do mercado ao reportar lucro líquido de R$ 4,01 bilhões no primeiro trimestre deste ano, a maior marca trimestral na história. As ações do grupo dispararam mais de 8% no pregão.
Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) deram mais gás ao Ibovespa hoje. As instituições financeiras avançaram cerca de 4% hoje, com as expectativas para os próprios resultados.
Outro destaque positivo do dia foi a Cemig (CMIG4). A Companhia Energética de Minas Gerais subiram quase 6% depois do governador do estado, Romeu Zema (NOVO), reafirmar meta de privatização da empresa até o fim da gestão.
No cenário macro, João Beck, sócio da BRA, destacou o alívio dos investidores. “Mercado vem ainda na toada do acordo do Orçamento, que deixava todos preocupados. Sem notícias — nem boas, nem ruins — no front fiscal, o mercado corrige os níveis muito depreciados que estavam sendo cotados em bolsa.”
Destaques corporativos
Além disso, a Weg (WEGE3) lucrou R$ 764,2 milhões no primeiro trimestre, um aumento de 73,7% na comparação anual. A empresa reportou receita líquida de R$ 5,07 bilhões, com uma alta de 36,7% ante mesmo período do ano passado.
A Weg atribuiu o resultado a uma melhora no mercado interno, com a receita oriunda desse avançando 36,7% na base anual, e no externo, que anotou crescimento de 35,2% na mesma base.
No mesmo período, a Movida (MOVI3) apurou lucro de R$ 110 milhões, um crescimento de 99% na comparação com os R$ 55,1 milhões registrados no mesmo período do ano passado.
A receita líquida da locadora caiu 20,4% na base anual, ficando em R$ 805 milhões, contra R$ 1,01 bilhão nos primeiros três meses de 2020. De acordo com a companhia, essa queda se deu por conta da priorização do seu serviço de aluguel de veículos (RAC) e de gestão e terceirização de frotas (GTF), em detrimento da venda de carros.
Última cotação do Ibovespa
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última terça com uma queda de 1%, a 119.388,37 pontos.