O Ibovespa abriu em alta nesta terça-feira (6), enquanto as bolsas internacionais operam no azul com a recuperação de Donald Trump. O presidente estadunidense deixou o hospital militar que estava internado após ter contraído o novo coronavírus (Covid-19).
Por volta das 10h15, a cotação do Ibovespa apresentava um avanço de 1,03%, para 97.077 pontos. Trump continuará seu tratamento na Casa Branca. A equipe médica do mandatário informou, na última segunda-feira (5), que a saúde do presidente apresentou relevante melhora nas 24 horas anteriores, embora o médico Sean Conley tenha comentado que ele ainda pode não estar totalmente fora de risco.
Após as bolsas norte-americanas terem recuado fortemente na sexta-feira, dia em que Trump anunciou a contaminação pela doença, operam aliviadas nesta terça-feira, subindo levemente nos mercado futuros. Os investidores, no entanto, seguem de olho na situação do presidente na recuperação de sua saúde em meio à corrida eleitoral à presidência.
No Suno One você aprende a fazer seu dinheiro trabalhar para você. Cadastre-se gratuitamente agora!
Menos de um mês antes das eleições, segundo uma nova pesquisa do Wall Street Journal/NBC News, divulgada no último domingo (4), o representante democrata Joe Biden ampliou sua vantagem sobre Trump. O democrata figura com 53% das intenções de voto, enquanto o republicano tem 39%. Essa é a primeira vez em toda a corrida à presidência norte-americana que Trump tem menos de 40% das intenções.
Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), embora tenha melhorado suas perspectivas econômicas para o Brasil neste ano, o País enfrenta “riscos excepcionalmente altos e multifacetados”, ressaltando a necessidade da implementação de reformas que reduzam as despesas obrigatórias e a rigidez orçamentária, fortaleçam a rede de proteção social e modernizem o sistema tributário.
“Na ausência de evidências inequívocas da manutenção do teto de gastos, qualquer despesa adicional poderia minar a confiança do mercado e elevar as taxas de juros”, disse a instituição. A assunto do risco fiscal do Brasil já está na pauta do mercado há algumas semanas.
A principal razão disso é a fonte do financiamento do Renda Cidadã, programa social que substituirá o Bolsa Família após o término do auxílio emergencial. O programa, no entanto, ainda não está finalizado.
O relator, senador Márcio Bittar, disse na última segunda-feira que o Renda Cidadã somente será apresentado em definitivo quando o ministro da Economia, Paulo Guedes, aprovar o texto. Segundo ele, o programa respeitará o teto de gastos e terá a chancela do titular da equipe econômica. O mercado, todavia, segue receoso com o aumento dos gastos públicos, intensificados em função da pandemia.
Outro aspecto que chama atenção do mercado é a conciliação entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e Guedes. O deputado, que vinha trocando farpas públicas com o ministro, se desculpou pela “indelicadeza e grosseria”, e disse que haverá união pelo andamento da agenda econômica no Congresso.
Destaques corporativos
O principal destaque corporativo nesta manhã que moverá os mercados é a homologação do novo plano de recuperação judicial da Oi (OIBR3). Dessa forma, a tele poderá colocar em prática o novo plano, que prevê a venda de mais de R$ 22 bilhões em ativos, como torres, data centers, redes móveis e metade do negócio de fibra.
A diretoria da Oi acredita que o aditamento aprovado “atende a todas as partes interessadas de forma equilibrada e garante a viabilidade operacional, maior flexibilidade e eficiência financeiras e a sustentabilidade das recuperandas”. A homologação foi determinada pelo juiz titular da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Fernando Viana.
Além disso, duas das maiores ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) deste ano na B3 estão na expectativa da abertura de capital, ou não. O acionista controlador e sócio fundador da Havan, Luciano Hang, foi aconselhado pelos assessores financeiros a adiar o oferta. Já o Grupo Mateus abriu um prazo para desistência até 9 de outubro aos investidores não institucionais que já apresentaram seu pedido de reserva, após o acidente em uma das unidades da varejista em São Luís, no Maranhão.
Mercados internacionais
Confira o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: +0,22%
- Londres (FTSE 100): +0,47%
- Frankfurt (DAX 30): +0,87%
- Paris (CAC 40): +0,88%
- Milão (FTSE/MIB): +1,20%
- Hong Kong (Hang Seng): +0,90% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): -0,20% (fechada, feriado nacional)
- Tóquio (Nikkei 225): +0,52% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
Da mesma forma que o Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última segunda-feira com uma alta de 2,21%, a 96.089,19 pontos.
Notícias Relacionadas