Ibovespa toca os 128 mil com Petrobras (PETR4) subindo quase 4%; Vale (VALE3) passa a cair e Usiminas (USIM5) lidera perdas

O Ibovespa abriu a sessão desta terça-feira (12) em alta, e vem ampliando o viés positivo ao longo da sessão. Por volta das 16h, o índice avançava 1,50%, aos 128.018 pontos.

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O mercado hoje repercute dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, o IPCA de fevereiro apresentou alta de 0,83%, acima do consenso de 0,79%. Com isso, a inflação brasileira acumula alta de 4,5% em 12 meses e de 1,25% no ano.

Segundo a publicação do Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE), o resultado do IPCA foi impulsionado em parte pela alta no preço de alimentos e bebidas (+0,95%). Os produtos sofreram fortes mudanças no preço em razão do efeito climático do El Niño, que abala a agricultura e a oferta dos itens.

Já nos Estados Unidos, o CPI, índice de preços ao consumidor, subiu 0,40% em fevereiro ante janeiro, em linha com as projeções. O núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, também avançou 0,40% na comparação mensal de fevereiro, superando o consenso do mercado, de ganho de 0,30%.

O petróleo opera em leve queda, enquanto a Petrobras se mantém no verde: Petrobras ON (PETR3) sobe 3,42% a R$ 37,51 e Petrobras PN (PETR4) avança 3,76% a R$ 36,99.

As ações da Petrobras repercutem a reunião de ontem entre o presidente da República e o presidente da estatal, além da informação de que a empresa poderá revisar sua decisão de reter os dividendos extraordinários.

O minério de ferro teve nova queda nesta madrugada na China, atingindo a mínima de 5 meses. A Vale (VALE3), que operou em alta durante boa parte da sessão, agora cai 0,41% a R$ 60,97.

Em relação às ações da Vale, também está no radar o pedido de renúncia de um membro do conselho, que afirma que o processo de sucessão na companhia foi manipulado.

A maior alta do Ibovespa é da Petz (PETZ3), +6,97% a R$ 4,45. Na sequência aparecem Prio (PRIO3), +6,01 a R$ 47,60 e Natura (NTCO3), +4,79% a R$ 18,14.

Na ponta negativa, Usiminas (USIM5) lidera as perdas com -1,55% a R$ 10,19, seguida por São Martinho (SMTO3), -1,32% a R$ 27 e Embraer (EMBR3), -1,13% a R$ 26,33.

Mercado em NY

As bolsas de Nova York operam em alta nesta terça-feira, repercutindo os dados da inflação nos EUA dentro do esperado.

Confira o desempenho do mercado em NY por volta das 16h:

  • Dow Jones: +0,70% a 39.040 pontos
  • S&P500: +1,12% a 5.174 pontos
  • Nasdaq: +1,45% a 16.252 pontos

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Cotação do dólar

A cotação do dólar hoje opera próxima à estabilidade, com queda de 0,09% a R$ 4,9719.

O dólar oscila na sessão, com investidores digerindo os dados do IPCA e do CPI, à medida que interpretam quais devem ser os próximos passos da condução da política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

Bolsas asiáticas fecham em alta à espera do CPI

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira (12), à espera de novos dados de inflação dos EUA que podem influenciar os planos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de quando começar a cortar juros.

Liderando os ganhos na região asiática hoje, o índice Hang Seng saltou 3,05% em Hong Kong, a 17.093,50 pontos, impulsionado por ações de tecnologia, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,83% em Seul, a 2.681,81 pontos, e o Taiex registrou ganho de 0,96% em Taiwan, a 19.914,55 pontos.

Já o Nikkei ficou praticamente estável em Tóquio, com ligeira baixa de 0,06%, a 38.797,51 pontos, em meio à especulação persistente de que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) se prepara para começar a apertar sua política monetária ultra-acomodatícia.

Na China continental, os mercados tiveram desempenho misto, após uma reunião de líderes de quase uma semana em Pequim descrita por analistas da Saxo Markets como “decepcionante”. O Xangai Composto recuou 0,41%, a 3.055,94 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto teve alta de 0,82%, a 1.770,57 pontos.

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Durante a reunião anual do Congresso Nacional do Povo, a meta de crescimento de 5% da economia chinesa foi renovada para este ano e houve sinalização de novo corte do compulsório bancário, mas faltaram medidas concretas para lidar com fragilidades específicas, como a crise do setor imobiliário.

Na Oceania, a bolsa australiana se estabilizou hoje, com leve alta de 0,11% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 7.712,50 pontos, depois de sofrer expressiva queda no pregão anterior.

A predominância do tom positivo na Ásia e no Pacífico precede a divulgação de novos números da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, nas próximas horas. O CPI americano poderá levar a ajustes nas apostas de quando o Fed deverá anunciar seu primeiro corte de juros. Por enquanto, espera-se que o início do relaxamento monetário na maior economia do mundo ocorra em junho.

Europa sobe com dados locais

As bolsas europeias operam em alta na manhã desta terça-feira, após o desempenho misto de ontem, enquanto investidores digerem dados econômicos locais e aguardam novos números da inflação dos EUA.

Confira o desempenho dos índices por volta das 08h:

Londres (FTSE100): +1,06% a 7.750 pontos
Frankfurt (DAX): +0,34% a 17.815 pontos
Paris (CAC 40): +0,05% a 8.023 pontos
Madrid (Ibex 35): +0,50% a 10.377 pontos
Europa (Stoxx 50): +0,13% a 4.937 pontos

Investidores na Europa estão na expectativa por nova pesquisa sobre a inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, que será divulgada nas próximas horas e pode influenciar as apostas de quando o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deverá começar a reduzir juros. Por enquanto, a expectativa é que o primeiro corte de juros nos EUA virá em junho.

Mais cedo, o Destatis confirmou que a taxa anual do CPI alemão desacelerou a 2,5% em fevereiro, em um momento em que o Banco Central Europeu (BCE) busca mais evidências de que a inflação na zona do euro está caminhando de forma sustentável para a meta de oficial de 2%, antes de considerar a possibilidade de também cortar juros.

Já no Reino Unido, levantamento do ONS mostrou que a taxa de desemprego subiu levemente no trimestre até janeiro, a 3,9%. Por outro lado, os salários dos britânicos avançaram em ritmo anual um pouco menor no mesmo período, de 6,1%.

Assim como o Fed e o BCE, o Banco da Inglaterra (BoE) acompanha as tendências inflacionárias de perto também para definir quando começar a reduzir seu juro básico. Hoje, é aguardado discurso do presidente do BoE, Andrew Bailey.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

Último fechamento do Ibovespa

O Ibovespa encerrou a sessão de ontem (11) em queda de 0,75%, aos 126.123,56 pontos.

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Guilherme Serrano Silva

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