O Ibovespa abriu a sessão desta sexta-feira (22) em queda, e vem mantendo o viés negativo. Por volta do meio-dia, o índice recuava 0,46%, aos 127.567 pontos.
O Ibovespa hoje mira o segundo pregão seguida de queda, acompanhando a baixa dos índices em Nova York. Por lá, o recuo ocorre após o fechamento positivo da véspera, em linha com um tom mais dovish do Federal Reserve. Nesta sexta-feira, ficam no radar novos comentários de dirigentes da autoridade monetária norte-americana, em especial de seu presidente, Jerome Powell.
Outro ponto de atenção é o cenário fiscal doméstico. O mercado avalia a arrecadação federal de fevereiro, que foi recorde para o mês, além da notícia de que o governo vai bloquear R$ 2,9 bilhões no Orçamento de 2024.
O petróleo opera em leve queda, e a Petrobras acompanha a tendência: Petrobras ON (PETR3) recua 0,52% a R$ 36,38 e Petrobras PN (PETR4) perde 0,14% a R$ 35,65.
O minério de ferro teve nova alta nesta madrugada em Dalian, na China, mas apesar disso, a Vale (VALE3) cai: -0,71% a R$ 61,22.
A maior alta do Ibovespa é da Embraer (EMBR3), +5,66% a R$ 32,65, seguida por Cogna (COGN3), +3,38% a R$ 2,45 e Sabesp (SBSP3), +2,59% a R$ 80,79.
Na ponta negativa, Casas Bahia (BHIA3) lidera as perdas com -4,74% a R$ 7,44. Marfrig (MRFG3), +3,98% a R$ 9,88 e Locaweb (LWSA3), -2,81% a R$ 5,89, completam a lista dos piores desempenhos.
Mercado em NY
As bolsas de Nova York operam em baixa nesta sexta-feira, em movimento de correção após as altas da véspera e de olho em novas pistas sobre a condução da política monetária por lá.
Confira o desempenho do mercado em NY por volta do meio-dia:
- Dow Jones: -0,45% a 39.604 pontos
- S&P500: -0,13% a 5.234 pontos
- Nasdaq: -0,05% a 16.392 pontos
Maiores altas e baixas do Ibovespa
Cotação do dólar
A cotação do dólar hoje avança 0,18% a R$ 4,9873.
O dólar hoje sobe, à espera de novos sinais sobre a política monetária nos Estados Unidos e de olho na notícia sobre o bloqueio de R$ 2,9 bilhões no Orçamento de 2024 no Brasil.
Bolsas asiáticas fecham mistas
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta sexta-feira (22), com perdas na China e em Hong Kong e nova máxima histórica do índice japonês Nikkei.
Na China continental, o Xangai Composto caiu 0,95%, a 3.048,03 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 1,22%, a 1.782,30 pontos, à medida que a cautela prevaleceu antes da divulgação de indicadores chineses sobre lucro industrial e atividade econômica (PMIs), na próxima semana. Em Hong Kong, o Hang Seng teve queda ainda mais expressiva, de 2,16%, a 16.499,47 pontos.
Em Tóquio, por outro lado, o Nikkei subiu 0,18%, a 40.888,43 pontos, encerrando os negócios em patamar recorde pelo segundo pregão consecutivo. Na terça-feira (19), o Banco do Japão (BoJ) elevou juros pela primeira vez em 17 anos, mas também prometeu manter condições monetárias acomodatícias.
Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi caiu 0,23% em Seul, a 2.748,56 pontos, enquanto o Taiex registrou leve avanço de 0,15% em Taiwan, a 20.228,43 pontos.
O comportamento misto na região asiática veio após as bolsas de Nova York também renovarem máximas históricas de fechamento pelo segundo dia seguido ontem, em reação ainda à sinalização de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) continua planejando cortar seu juros três vezes este ano.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho hoje, pressionada por ações ligadas a commodities. O S&P/ASX 200 recuou 0,15% em Sydney, a 7.770,60 pontos.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo
Último fechamento do Ibovespa
O Ibovespa encerrou a sessão de ontem (21) em queda de 0,75%, aos 128.158,57 pontos.