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Ibovespa fecha em queda aos 129 mil pontos na contramão de NY; Bradesco (BBDC4) despenca 15%, Vale (VALE3) sobe e dólar fecha em alta

Ibovespa cai. Foto: Pixabay

Ibovespa hoje. Foto: Pixabay

O Ibovespa abriu a sessão desta quarta-feira (07) em queda, e vem ampliando o viés baixista no início de tarde. O índice fechou em queda de 0,36%, aos 129.949 pontos.

A queda é puxada principalmente por ações de grandes bancos, após a divulgação do balanço do Bradesco mais cedo. A desvalorização ocorre também em meio aos indicadores divulgados no Brasil, como setor público consolidado de dezembro e 2023, com resultados piores do que o esperado, e as vendas varejistas do último mês do ano passado, que vieram mais fracas do que as expectativas. Quanto ao fiscal, ainda persiste o impasse sobre a MP que reonera a folha de pagamentos e as fontes de aumento de receita do governo.

A maior baixa do Ibovespa foi do Bradesco (BBDC4), com -14,82% a R$ 14,14. Os papéis ordinários do banco (BBDC3) vêm logo na sequência, com -11,09% a R$ 12,92, e Hapvida (HAPV3) completa a lista de maiores recuos.

Na ponta positiva, Eneva (ENEV3) sobe 2,17% a R$ 13,17, seguida por Locaweb (LWSA3), +2,10% a R$ 5,36, e Rumo (RAIL3), +2,04% a R$ 22,98.

O petróleo arrefeceu um pouco seu viés de alta, enquanto a Petrobras ampliou os ganhos: Petrobras ON (PETR3) cai 0,33% a R$ 42,83 e Petrobras PN (PETR4) avança 0,17% a R$ 41,66.

A Vale (VALE3) tem ligeira alta de 0,33% a R$ 66,89, após o minério de ferro ter apresentado desempenho misto nesta madrugada na China.

Mercado em NY

As bolsas de NY abriram a sessão em alta, com os investidores atentos às falas dos diretores do Federal Reserve, que podem dar pistas sobre os próximos passos da condução da política monetária nos EUA.

Confira o desempenho dos índices no fechamento:

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Cotação do dólar

A cotação do dólar hoje fechou com alta de 0,12% a R$ 4,9684.

Os investidores estão atentos a uma deterioração das contas públicas no país e estão avaliando os dados de vendas no varejo, que ficaram aquém das expectativas dos analistas financeiros.

No radar dos investidores

O mercado repercute a temporada de balanços no Brasil, que hoje já contou com a divulgação dos resultados de Bradesco (BBDC4) e Klabin (KLBN11).

Brasília é outro tema em pauta, após a publicação da Medida Provisória que isenta do IR quem ganha até dois salários mínimos e as discussões acerca da reoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia.

Após o salto de mais de 2% na véspera, os investidores também ficam atentos a possíveis realizações na bolsa brasileira hoje.

Bolsas asiáticas: China amplia ganhos

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira (07), com o mercado chinês estendendo ganhos ainda em reação às iniciativas de Pequim para conter perdas nos mercados acionários locais.

Hoje, na China continental, o índice Xangai Composto subiu 1,44%, a 2.829,70 pontos, ampliando ganhos de ontem depois de uma sequência de seis pregões negativos. O menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,47%, a 1.528,91 pontos.

Ontem, um grande fundo de investimento e o regulador de valores mobiliários da China se mobilizaram na tentativa de resgatar as bolsas do país, que vinham acumulando fortes perdas em meio às preocupações com a fragilidade da recuperação da segunda maior economia do mundo.

Houve relatos também de que o presidente da China, Xi Jinping, se reuniria com reguladores para discutir a recente turbulência nos mercados, mas ainda não há confirmação do encontro.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng caiu 0,34% em Hong Kong hoje, a 16.091,89 pontos, depois de saltar mais de 4% na sessão anterior com a sinalização de apoio de Pequim, e o japonês Nikkei recuou 0,11% em Tóquio, a 36.119,92 pontos, com quedas em ações de tecnologia e de maquinário. O sul-coreano Kospi garantiu alta de 1,35% em Seul, a 2.611,02 pontos, graças ao bom desempenho de papéis dos setores de transporte marítimo, automotivo e de baterias.

Em Taiwan, a bolsa seguiu fechada pelo segundo dia consecutivo devido a um feriado.

Na Oceania, a bolsa australiana se recuperou depois de ficar no vermelho por dois pregões seguidos, com a ajuda de ações de mineradoras. O S&P/ASX 200 avançou 0,45% em Sydney, a 7.615,80 pontos.

Bolsas europeias caem

As bolsas europeias caem nesta quarta-feira, após dados desanimadores da indústria alemã e com as atenções voltadas para a perspectiva dos juros nos EUA, em dia de agenda local fraca.

Confira o desempenho dos índices por volta das 08h10:

Londres (FTSE100): -0,56% a 7.637 pontos
Frankfurt (DAX): -0,59% a 16.931 pontos
Paris (CAC 40): -0,22% a 7.622 pontos
Madrid (Ibex 35): -1,25% a 9.877 pontos
Europa (Stoxx 50): -0,22% a 4.680 pontos

Pesquisa mostrou mais cedo que a produção industrial da Alemanha caiu 1,6% em dezembro ante novembro, bem mais do que o previsto. As encomendas à indústria alemã, divulgadas ontem, deram um salto de 8,9% no mesmo período, mas o resultado foi distorcido por itens de alto valor.

Com a agenda europeia agora esvaziada, investidores na Europa aguardam mais uma rodada de comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Na tarde de hoje, quatro deles participam de eventos.

Em entrevista à CBS, transmitida no fim de semana, o presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou que o BC americano não está com pressa de começar a reduzir juros. Ele também reiterou que mais dados positivos de inflação são necessários para que os juros comecem a cair.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

Ibovespa na terça-feira

O Ibovespa encerrou a sessão de ontem (06) em alta de 2,21%, aos 130.416,31 pontos.

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