Ibovespa mantém queda com Vale (VALE3) no negativo e NY mista; Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) avançam e dólar recua
O Ibovespa abriu a sessão desta segunda-feira (11) em queda, e por volta das 15h15, o índice recuava 0,46%, aos 126.489 pontos.
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão no foco do mercado hoje. Após a questão dos dividendos ter decepcioando o mercado no final da semana passada, os investidores seguem repercutindo relatórios e notícias envolvendo a estatal. Nesta segunda-feira, Luiz Inácio Lula da Silva e Jean Paul Prates devem se reunir, e enquanto isso, uma coluna do jornal O Globo dá conta de que a tensão entre o presidente da Petrobras e o ministro de minas e energia, Alexandre Silveira, está mais forte do que nunca.
Após abrirem em queda, as ações da Petrobras viraram para o positivo ainda pela manhã: Petrobras ON (PETR3) agora tem leve alta de 0,03% a R$ 36,99 e Petrobras PN (PETR4) avança 1,16% a R$ 36,53.
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A Vale, por sua vez, confirmou que o atual CEO, Eduardo Bartolomeu, permanecerá no cargo até o fim deste ano, o que gerou reações mistas por parte dos analistas. Pesa para os papéis da mineradora o fato do minério de ferro ter tombado 7% nesta madrugada, na China. Com isso, as ações da Vale caem 2,83% a R$ 64,14.
A queda do índice Bovespa ocorre ainda em meio à agenda esvaziada, que ganhará força a partir de amanhã com dados de inflação (IPCA no Brasil e CPI nos EUA) de fevereiro, que poderão ajudar nas apostas para a política monetária do Brasil e dos Estados Unidos
Ainda, as declarações do presidente Lula sobre a possibilidade de ampliar os gastos com obras públicas diante das surpresas positivas com a arrecadação federal seguem gerando preocupações, além dos receios de que o governo utilize a retenção dos dividendos da Petrobras para investimentos, em meio à baixa popularidade.
A maior alta do Ibovespa é da 3R Petroleum (RRRP3), +2,80% a R$ 29,05, seguida por Braskem (BRKM5), +2,43% a R$ 20,64 e EzTec (EZTC3), +2,35% a R$ 16,54.
Na ponta negativa, seguindo a queda do minério, as ações de mineração e siderurgia aparecem entre as maiores perdas. Usiminas (USIM5) tem o maior recuo, -4,42% a R$ 10,38, seguida por IRB (IRBR3), +4,02% a R$ 41,08 e CSN Mineração (CMIN3), -3,19% a R$ 5,76.
Mercado em NY
As bolsas de Nova York, que a partir de hoje voltam a abrir às 10h30 (Brasília), em linha com o horário de verão nos EUA, operam mistas, à espera do CPI de amanhã.
Confira o desempenho do mercado em NY por volta das 15h15:
- Dow Jones: +0,02% a 38.728 pontos
- S&P500: -0,13% a 5.117 pontos
- Nasdaq: -0,22% a 16.053 pontos
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Cotação do dólar
A cotação do dólar hoje recua 0,15% a R$ 4,9732.
China fecha em alta com dados de inflação
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta segunda-feira (11), com ganhos na China após novos dados de inflação e perdas em Tóquio após revisão do Produto Interno Bruto (PIB) japonês.
Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 0,74%, a 3.068,46 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 2,12%, a 1.756,18 pontos. No fim de semana, pesquisa oficial mostrou que os preços ao consumidor chinês subiram 0,7% na comparação anual de fevereiro, depois de caírem nos quatro meses anteriores. A última leitura ajudou a abafar temores de deflação na segunda maior economia do mundo.
Já a reunião anual do legislativo chinês chegou ao fim hoje sem grandes novidades em termos de políticas. No começo do evento, há quase uma semana, Pequim definiu que a China buscará crescer em torno de 5% em 2024, repetindo a meta do ano passado.
Em Tóquio, o índice Nikkei teve expressiva queda de 2,19%, a 38.820,49 pontos, após revisão para cima do PIB do Japão reforçar expectativas de que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) irá começar a apertar sua política monetária ultra-acomodatícia. Entre outubro e dezembro, o PIB japonês cresceu 0,1% ante os três meses anteriores, evitando uma recessão técnica. Originalmente, havia sido estimada queda de 0,1% no período.
Em outras partes da Ásia, o Hang Seng subiu 1,43% em Hong Kong, a 16.587,57 pontos, com a ajuda de ações de tecnologia, enquanto o sul-coreano Kospi caiu 0,77% em Seul, a 2.569,84 pontos, e o Taiex registrou modesta perda de 0,30%, a 19.726,08 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana sofreu hoje sua maior queda diária em um ano, após fechar o pregão anterior com nova máxima histórica. O índice S&P/ASX 200 recuou 1,82% em Sydney, a 7.704,20 pontos, pressionado por ações de mineradoras e de bancos.
Bolsas da Europa fecham mistas antes de CPI dos EUA
As bolsas europeias fecharam sem direção única na primeira sessão da semana, com os investidores no aguardo da divulgação da inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, na terça-feira, 12. O indicador deve influenciar as expectativas para a trajetória dos juros básicos norte-americanos.
A Bolsa de Lisboa encerrou o pregão perto da estabilidade após guinada à direita nas eleições para o Parlamento. Em Milão, as ações da TIM recuaram e responderam pela maior queda porcentual do índice FTSE MIB após a empresa de telecomunicações projetar aumento do endividamento líquido em 2024.
Entre os principais mercados da região, o FTSE 100, de Londres, subiu 0,12%, aos 7.669,23 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,38%, aos 17.746,27 pontos. O CAC-40, referencial da Bolsa de Paris, recuou 0,10%, para encerrar em 8.019,73 pontos. O Ibex-35, referencial de Madri, subiu 0,19%, aos 10.325,20 pontos. As cotações são preliminares.
Em Lisboa, o índice PSI 20 teve variação de 0,05%, encerrando a sessão em 6.158,39 pontos. Os portugueses optaram por uma guinada à direita nas eleições que foram realizadas no domingo, 10, após nove anos de governos encabeçados pelo Partido Socialista (PS).
A legenda de centro-direita Aliança Democrática (AD), de Luís Montenegro, conquistou o maior número de cadeiras no Parlamento e vai tentar formar um governo no país europeu.
A TIM (antiga Telecom Italia) encerrou o pregão em baixa de 4,59% e respondeu pela maior queda porcentual do FTSE MIB, referencial da Bolsa de Milão, após a companhia informar que espera uma expansão na “dívida líquida pro forma” das suas operações de 7,5 bilhões de euros em 2024, de 6,1 bilhão de euros em 2023, como resultado da redução de ativos e desalavancagem da Netco.
A companhia publicou, nesta segunda-feira, uma nota adicionando detalhes ao seu plano industrial 2024-2026, que confirmou as projeções divulgadas na última quinta-feira. Na nota, a TIM projetou que seu fluxo será praticamente nulo em 2025 e de 500 milhões de euros em 2026. O índice FTSE MIB caiu 0,27%, aos 33.315,07 pontos.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo
Último fechamento do Ibovespa
O Ibovespa encerrou a sessão de sexta-feira (08) em queda de 0,99%, aos 127.070,79 pontos.