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Ibovespa recua aos 107 mil pontos; Banco do Brasil (BBAS3) dispara e lidera altas

B3 (B3SA3) anuncia nova composição do Ibovespa; Veja as ações que entraram e saíram

Ibovespa. Foto: Divulgação

O Ibovespa recua 1,13% aos 107.606 pontos nesta terça-feira (14), em dia volátil, com influência da agenda corporativa e dos balanços publicados na véspera.

O Banco do Brasil (BBAS3) sobe mais de 2% e lidera as altas do Ibovespa hoje após mostrar um lucro de R$ 9 bilhões no seu resultado trimestral divulgado ontem – acima das projeções dos analistas, que estimavam lucro na casa dos R$ 8 bilhões.

O mercado também reflete as suas percepções acerca da entrevista de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, na véspera.

Ao Roda Viva, Campos Neto defendeu que deve manter a postura vigilante, que não cederá as pressões políticas e destacou que o BC com credibilidade é a melhor ferramenta para ‘ajudar o governo’.

Na agenda econômica, os dados de inflação (CPI na sigla em inglês) dos Estados Unidos vieram em alta de 0,5% no mês de janeiro, dentro das projeções, deixando a inflação anualizada em 6,4%, levemente acima das projeções de 6,2%.

O núcleo do CPI, por sua vez, subiu 0,4%, deixando o anualizado em 5,6%.

Nas bolsas mundiais, queda de 0,07% no S&P e 0,01% no Dow Jones durante as negociações que precedem a abertura do pregão (premarket).

Na Europa, alta de 0,32% na bolsa de valores de Frankfurt (DAX), enquanto Londres (FTSE) sobe 0,26%. Nesse contexto, o índice pan-europeu Stoxx-600 sobe 0,39%.

Nas commodities, queda de 1,3% no petróleo Brent, a US$ 85,4. O Minério de ferro, por sua vez, sobe 0,41% a US$ 125,67 em Dalian.

Notícias que movimentam a bolsa de valores hoje

Resultado do Banco do Brasil

Banco do Brasil (BBAS3) registrou lucro líquido ajustado de R$ 9 bilhões no quarto trimestre de 2022, correspondendo a um avanço de 52,4% em relação ao mesmo período de 2021. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o crescimento foi de 7,65%.

O resultado veio acima das projeções do mercado. O consenso Bloomberg, por exemplo, projetou que o Banco do Brasil reportaria um lucro de R$ 8,11 bilhões. 

O BB mostrou:

Analistas da XP reiteraram otimismo com BBAS3 e destacaram a carteira mais segura do banco.

“Mais uma vez, o perfil defensivo de sua carteira continua prevalecendo e leva a um índice de inadimplência de 2,5% e bem abaixo de seus pares. Além disso, seu guidance para 2023 implica um ROAE robusto de aproximadamente 20,5% em seu ponto médio, o que vemos como positivo”, dizem os especialistas.

Lucro do Carrefour encolhe

O Grupo Carrefour Brasil (CRFB3) apresentou lucro líquido ao controlador de R$ 550 milhões no quarto trimestre de 2022, o que representa queda de 28% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Para o diretor financeiro da companhia, David Murciano, a queda dessa última linha do balanço do Carrefour é natural se considerada a dívida da empresa e o patamar de juros do País. A companhia trabalha com o cenário de que a taxa de juros brasileira permaneça em dois dígitos em 2023.

O lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização (Ebitda do Carrefour) ajustado foi de R$ 1,974 bilhão, alta 12,4% ante o último trimestre de 2021.

A XP viu ‘números mistos’.

“O Carrefour Brasil divulgou resultados mistos no quarto trimestre, com um desempenho sólido de vendas no Atacadão, impacto em rentabilidade pelo processo de conversões do BIG e crescimento de vendas no varejo, beneficiado pela base de comparação mais fácil do ano de 2021”, destacou.

O que disse o presidente do Banco Central

Sendo uma entrevista extremamente aguardada, Roberto Campos Neto falou a jornalistas no Roda Viva, na véspera, em meio a uma série de críticas do Governo Federal sobre a autonomia do Banco Central e também sobre o patamar atual da taxa básica de juros.

RCN afirmou que uma mudança da meta de inflação teria como “efeito prático a perda de flexibilidade”, em resposta às críticas que tem recebido do governo Lula pelo alto patamar dos juros na economia.

“Em nenhum momento a gente defende simplesmente aumentar a meta, no sentido de ganhar flexibilidade, mesmo porque não é nossa crença. A gente acredita que, se faz uma mudança de meta no sentido de ganhar mais flexibilidade, o efeito prático vai ser perder flexibilidade”, destacou Campos Neto.

Ele também destacou sua tese de que a credibilidade da condução da política monetária pela casa é a melhor forma de ‘ajudar o governo’.

“Estudos mostram que a autonomia gera menor volatilidade e nível de inflação … A autonomia é um ganho institucional grande, que espero que não seja revertido”, disse.

Maiores altas do Ibovespa

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