O Ibovespa pisou no acelerador e opera em forte alta na tarde desta quarta-feira (5). Puxado por empresas que estão sob o holofote nesta semana por conta da temporada de balanços corporativos, o maior índice acionário brasileiro acompanha o bom humor no exterior e caminha para zerar as perdas de ontem.
Por volta das 13h50, o Ibovespa avançava 1,48%, para 119.491 pontos. Os investidores permanecem no aguarda da definição da taxa básica de juros da economia (Selic), que deve ser elevada pelo Copom no início desta noite, para 3,50%
O destaque do dia fica por conta do setor de siderurgia. Com os estoques de aço vazios em todo o mundo, junto à liquidez e investimentos em infraestrutura, sobretudo de Estados Unidos e China, as companhias do segmento têm apresentado resultados históricos.
Nesta manhã, a Gerdau (GGBR4) reportou seus números do período entre janeiro e maro, elencando o melhor trimestre de sua história. A empresa teve um líquido de R$ 2,47 bilhões, alta de 1.016% na comparação anual. Suas ações sobem mais de 7%.
Após o fechamento do último pregão, a Minerva (BEEF3) também divulgou seu balanço do primeiro trimestre. O ganho de R$ 259,5 milhões ficou abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, mas ainda assim superou as expectativas do mercado.
Para a corretora Guide, os resultados da empresa foram sólidos em funçã da “capacidade de geração de valor no mercado externo”. “A menor oferta de gado e consequente aumento nos preços da arroba do boi no Brasil aperta as margens da companhia”, pontua o analista Luis Sales.
A receita do mercado interno foi compensada pelo faturamento da subsidiária Athena Foods, que expandiu sua participação nos resultados de 44% para 50% da receita bruta. As ações da empresa sobem 2,29%, ao passo que neste ano o desempenho está próximo da estabilidade.
Por outro lado, o destaque negativo do pregão é a Taesa (TAEE11). As ações da companhia operam em forte queda no primeiro dia negociando em ex-dividendos em relação aos proventos que serão pagos no fim deste mês. O dia marca a saída dos investidores que detinham posição apenas para levar os R$ 1,63 por unit, maior distribuição da história da empresa.
O setor de energia vive um bom momento. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a demanda local por eletricidade em março deste ano totalizou 43.447 GWh (+6,0% na comparação ano contra ano). Essa é a maior taxa de consumo desde março de 2014 e o maior valor de consumo total registrado desde o início da série histórica, em 2004.
“Isso é positivo para as distribuidoras de energia”, diz a Guide. “A recuperação apresentada no consumo de energia no primeiro trimestre de 2021 será refletido nos resultados das distribuidoras no período.”
O que sobe e o que cai no Ibovespa
Os destaques do dia, tanto do lado positivo como do negativo, por volta das 13h50, eram:
- Gerdau (GGBR4): +7%
- Metalúrgica Gerdau (GOAU4): +6,08%
- Assaí (ASAI3): +5,01%
- Usiminas (USIM5): -3,92%
- Taesa (TAEE11): -1,43%
- EcoRodovias (ECOR3): -1,60%
- Energias do Brasil (ENBR3): -1,29%
Última cotação
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última terça com uma queda de 1,26%, a 117.712,00 pontos.
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