O Ibovespa acompanha as bolsas internacionais e opera em campo positivo na manhã desta quinta-feira (15). O mercado brasileiro digere informações vindas de Brasília, de olho no risco fiscal, além do forte avanço do setor de serviços. No exterior, os balanços corporativos continuam a fazer preço nos índices.
Por volta das 10h30, o Ibovespa subia 0,79%, para 121.242 pontos. O impasse sobre o Orçamento de 2021 ocorre pela possibilidade do presidente Jair Bolsonaro vetar o texto. O veto é defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que diz que o mandatário pode incorrer em crime de responsabilidade caso aprove da maneira com que está.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, por sua vez, defende que Bolsonaro sancione o texto e que corrija os “excessos” posteriormente. Ele pontua que Bolsonaro pode perder apoio do Congresso caso recuse a proposta.
No front econômico, chama atenção o avanço do setor de serviços em fevereiro. O volume de serviços cresceu 3,7% em comparação com janeiro, cravando a nona alta consecutiva, segundo a divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com isso, o setor ultrapassou o patamar registrado em fevereiro do ano passado, no pré-pandemia, com um avanço de 0,9%. A projeção do mercado para fereveiro deste ano era de um crescimento de 1,5%, de acordo com a Refinitiv.
No contexto doméstico, chama atenção a retomada das discussões do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a anulação das condenações impostas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pela Operação Lava Jato. No dia 8 de março, quando as acusações foram anuladas, a Bolsa teve forte queda de 3,98% e o dólar atingiu a maior cotação em quase 12 meses.
No exterior, as Bolsas são conduzidas pelo início da temporada de balanços corporativos do primeiro trimestre deste ano. Ontem, JP Morgan e Goldman Sachs divulgaram lucros recordes, enquanto as ações do Bank of America operam em alta no mercado futuro desta manhã. Os resultados das instituições financeiras reforçam a tese de recuperação econômica nos Estados Unidos.
“Hoje, temos histórias diferentes nas Bolsas internacionais. Na Ásia, a preocupação gira em torno do corte de estímulos. Na Europa e Estados Unidos, as perspectivas são positivas para os resultados das empresas. No Brasil, o impasse sobre o Orçamento é acentuado pela CPI da Covid, mas a onda positiva internacional deve prevalecer”, disse o economista do Banco BV, Roberto Padovani.
Destaques do Ibovespa
Confira as maiores altas e maiores baixas as empresas que fazem parte do Ibovespa, por volta das 10h38:
- Hering (HGTX3): +24,15%
- Iguatemi (IGTA3): +2,72%
- Braskem (BRKM5): +2,01%
- Usiminas (USIM5): +1,83%
- Multiplan (MULT3): +1,85%
- Hapvida (HAPV3): -0,13%
- Eletrobras PN (ELET6): -0,29%
- IRB Brasil (IRBR3): -0,47%
- Pão de Açúcar (PCAR3): -1,13%
- Embraer (EMBR3): -0,93%
Bolsas mundiais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: +0,57%
- Londres (FTSE 100): +0,51%
- Frankfurt (DAX 30): +0,31%
- Paris (CAC 40): +0,48%
- Milão (FTSE/MIB): +0,09%
- Hong Kong (Hang Seng): -0,37% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): -0,52% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): +0,07% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
Da mesma forma que o Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última quarta com uma alta de 0,84%, a 120.294,68 pontos.